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A força de uma Guarda

Leia artigo do jornalista Valdecir Cremon, publicado na edição deste sábado do Jornal do Povo

Por Redação
19/12/2016 • 19h00
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Muito já se discutiu sobre a necessidade, custo e viabilidade de instalação de uma Guarda Municipal em Três Lagoas. Apesar de todas as alegações já encontradas - a maioria de que haviam outras prioridades -, nunca se pode negar que a cidade, sendo uma das que mais crescem em todo o Estado, carece de reforço em segurança. Mesmo com o empenho das polícias Civil e Militar, a cidade sofre com aumento da criminalidade contra pessoas e o patrimônio. E é aí que entra uma das grandes funções da guarda.

Originalmente, as guardas foram criadas para atuar como organismos de proteção de prédios públicos, praças e o patrimônio em geral das cidades. Era quase uma exclusividade das guardas impedir que criminosos invadissem, depredassem ou praticassem furtos. Mas, com o tempo, em muitas cidades, as guardas passaram a ser “auxiliares” da Polícia Militar no combate a bandidos. Então, o trabalho das guardas ficou ainda mais completo e útil. 

Apesar de resistências de autoridades da Polícia Militar em vários Estados, as guardas ganharam o “poder de polícia”, inclusive com autonomia para definição de armamento, hierarquia, etc. 

Em Três Lagoas, a necessidade da criação de uma guarda não está refletida apenas na violência, como no final de semana passado, encerrado com quatro mortes - três delas muito violentas. Está, também, na preservação do patrimônio público, como no dos alojamentos de trabalhadores das fábricas de celulose, que foram herdados pelo município e literalmente entregue em mãos de vândalos e ladrões. Com uma guarda atuando, certamente que o patrimônio que veio de graça para a cidade não teria se esvaído nas garras da bandidagem. 

E nem é preciso citar mais exemplos. A cidade possui outros grandes patrimônios e instalações históricas que ficam ao léu, entregues à sorte. Mais ainda, tem o cidadão e sua família em casa, nas ruas, escolas, empresas e também no lazer com grande carência, desejo e direito de ser protegido e de ter seus direitos e integridade respeitados.

*É jornalista, coordenador de Jornalismo do Grupo RCN de Comunicação e professor universitário.

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