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Possível retomada da obra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas foi destacada

Por Redação
18/02/2017 • 09h28
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A semana foi marcada por dois temas e dois personagens importantes. Um deles, diz respeito à possível retomada da obra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras, paralisada há dois anos em Três Lagoas. Auditoria para desentravar urgentemente a retomada desta fábrica está em andamento no próprio Tribunal de Contas da União (TCU), responsável inclusive pela suspensão atual da execução do projeto. O ministro do Tribunal de Contas (TCU), Bruno Dantas, prometeu dar agilidade nos processos que permitirão a liberação do projeto para sua consequente conclusão, segundo p prefeito Ângelo Guerreiro que foi recebido em audiência pelo ministro da Corte de Contas. Se conseguir sucesso na empreitada, colherá frutos importantes.

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que é de total interessa da empresa e do governo, que a (UFN 3) seja concluída o mais breve possível. Ele adiantou que após sua conclusão, a Unidade será colocada à venda pelo governo. O projeto passará, portanto, para a iniciativa privada. A notícia reanima e muito empresas, trabalhadores e recoloca Três Lagoas num cenário importante. Esse projeto vai gerar emprego, renda e diminuir a dependência externa com a importação de insumos para agricultura do Brasil, além de atrair para o município indústrias do setor de fertilizantes.

Por outro lado, a semana revelou que a situação financeira do Estado que já não é nada boa, pode piorar ainda mais. Para o governador Reinaldo Azambuja que foi pedir socorro ao governo brasileiro, além de se reunir com autoridades bolivianas para reativar a antiga estrada de ferro Noroeste do Brasil foi intensa. Ele percorreu os corredores de Brasília até ser recebido pelo presidente Michel Temer. Depois de retratar o caos econômico a que o estado foi submetido com a diminuição da arrecadação oriunda do ICMS do gás, Temer prometeu ajudar e determinou estudos para evitar que a situação se complique ainda mais por aqui. A angústia de Azambuja deve aumentar ainda mais nos próximos meses. É que sem dinheiro nos cofres,  projetos já anunciados ficam ainda mais difíceis de serem executados. Sem contar que 2018 está logo ali.

Prevendo dificuldades, Azambuja está apertando o cinto. Além de uma ampla reforma administrativa, decidiu cortar gastos, pessoal e rever ações governamentais. Além da crise que ainda afeta todos os estados, ele fez as contas e viu que vai perder pelo menos R$ 600 milhões nos próximos meses só com a queda do ICMS do gás. É claro que tudo isso acaba prejudicando os municípios e as pessoas que vivem neles. Apesar de ter tido uma semana melhor que a do governador, Guerreiro sabe que ainda não pode comemorar como gostaria, mas não se pode negar que ele teve uma semana bem mais tranquila que a do chefe do ninho tucano aqui no estado justamente quando a população local começa a se ressentir da falta de obras estaduais no município, além da conclusão de algumas que ficaram paralisadas. 

 

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