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Otimismo moderado

Leia artigo de Walter Roque publicado na edição deste sábado (21) do Jornal do Povo

Por Redação
21/01/2017 • 09h23
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A economia do país superou, em 2016, o maior receio dos analistas: a inflação. Os gastos exorbitantes do governo, combinados com a recessão econômica, levavam a crer que o Banco Central poderia perder o controle de questões inflacionárias. Fato que felizmente não se concretizou: a inflação está dentro do esperado e, ao que parece, terá singelo crescimento em 2017. Contudo, analistas consideram que a previsão de crescimento para 2017, estimada em torno 0,5%, não será suficiente para reverter o quadro de desemprego, falta de geração de renda e deterioração de empresas. Em suma, ainda há muito a se fazer!

A PEC 241/55 foi um passo importante para sinalizar soluções para o explosivo crescimento das dívidas públicas. Todavia, as reformas da Previdência, trabalhista, política e o socorro aos Estados e Municípios em dificuldades ainda precisam de atenção.

Robson Braga de Andrade, presidente CNI (Confederação Nacional das Indústrias), em artigo publicado na Folha de São Paulo dia 08 de janeiro, reforça que empresas, principalmente da área industrial, precisam de socorro. A renegociação de dívidas através de empréstimos compulsórios e o acesso ao crédito são ações esperadas para o primeiro semestre deste ano. Segundo Andrade, “Empresas estão deterioradas financeiramente devido à combinação de juros altos, recessão e restrição ao crédito”. Faltam resultados e sobram dívidas.

Tendo em vista o panorama externo, reforço a necessidade de se investir em planejamento! Há empresas que até fazem excelentes planejamentos, mas, falham radicalmente na execução: planejam e partem para execução, mas, pecam na checagem diária do que está sendo feito e na atualização do plano conforme necessidades.

Cada empresa tem a sua realidade para lidar. O planejamento ajudará a identificar qual realidade cada uma enfrentará em 2017. Algumas terão que lutar pela sobrevivência, outras fecharão e haverá as que, diante de estudos, identificarão oportunidades. Apesar da crise, entrarão no ciclo de crescimento e desenvolvimento. 

*É consultor de empresas.

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