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Execução em bicicletaria em Três Lagoas teria partido da facção PCC

Alfredo Avelino de Souza foi executado a tiros por engano, no bairro Santa Terezinha, segundo a Polícia Civil

Por Kelly Martins
11/01/2017 • 14h15
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A morte de Alfredo Avelino de Souza, de 39 anos, executado a tiros por engano, em uma bicicletaria, no bairro Santa Terezinha, em Três Lagoas, teria sido determinada por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O irmão da vítima era o alvo do grupo e estava no local quando o crime ocorreu, no último dia 5, por volta das 14h20. A revelação foi feita durante depoimento do segundo suspeito preso pela Polícia Civil por envolvimento no homicídio. Matheus Campos Silva, de 18 anos, foi encontrado pelos policiais escondido em um conjunto residencial da cidade, nesta terça-feira (10). 

De acordo com o delegado Alessandro Rogério Copibianco, que atua na 3ªDelegacia da Polícia Civil e é o responsável pelas investigações, o jovem confessou que era ele quem pilotava a motocicleta usada no dia do crime. Disse também que recentemente se tornou membro da facção criminosa e que um dos líderes teria determinado o homicídio. Para isso, um suspeito conhecido apenas como “neguinho” foi mandado pelo grupo para realizar a execução e teria sido ele o autor dos disparos.

“O irmão da vítima já foi preso por tráfico de drogas em Santa Catarina e supostamente integra uma facção rival. Essa seria a motivação do crime. Os suspeitos ficaram vários dias rondando a bicicletaria, que era o lugar onde o homem que deveria ser morto frequentava. Porém, no dia da execução, o irmão dele foi visitá-lo e sentou justamente em um banco que o “alvo” sempre ficava. Foi nesse momento que os criminosos se confundiram e mataram a pessoa errada”, contou o delegado à reportagem. 

 (Matheus Campos foi preso nesta terça (10) e confessou que pilotava a moto no dia do crime. Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Alessandro Copobianco destaca que apura as revelações feitas por Matheus e que, agora, busca pela identificação do suposto terceiro suspeito que seria o executor. Na última sexta-feira (6), um dia depois do homicídio, policiais do Setor de Investigações Gerais (Sig) e militares prenderam o jovem João Paulo Liberato, de 20 anos, após ter sido reconhecido por testemunhas. Ele nega o envolvimento. Conforme o delegado, Matheus, que é amigo de João Paulo, contesta a participação dele e diz que quem estava como garupa na moto era o “neguinho”. Os dois seguem presos preventivamente.

Apreensões
Durante a prisão de Matheus Campos, os policiais encontraram no apartamento onde ele estava escondido 39 munições, sendo cinco delas de uso restrito, uma faca, navalha e três celulares. A motocicleta que o suspeito pilotou até a bicicletaria é da sogra dele e foi apreendida na casa dela. A arma usada para matar a vítima, que era funcionária de uma empresa terceirizada dos Correios, ainda não foi encontrada.

 (João Paulo Liberato foi preso um dia depois do crime e nega envolvimento. Foto: Divulgação/Polícia Civil)

 

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