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Três Lagoas, 25 de abril

Movimento esclarece ocupação no campus da UFMS

Ocupação aconteceu na manhã deste domingo no campus da universidade de Três Lagoas

Por Ana Cristina Santos
24/04/2017 • 12h59
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Na manhã deste domingo (23) um grupo de alunos do Movimento Estudantil 28 de março realizou a ocupação do campus II da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de Três Lagoas.

A ocupação, que durou três horas, foi uma tentativa de chamar atenção da sociedade contra as reformas da Previdência (PEC 287/16), Trabalhista e Escola Sem Partido (Lei da Mordaça), bem como contra o Projeto de Lei da Terceirização (PL 4302/1998) que ferem os direitos trabalhistas conquistados no decorrer da história.

A ocupação durou pouco tempo devido à chegada de policiais militares, bem como de seguranças da UFMS. Em razão do episódio, o movimento divulgou um comunicado nesta segunda-feira (24) sobre a ocupação.

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“Os estudantes adentraram ao campus por volta das 5 h e trancaram todos os portões avisando os vigilantes que estavam dando início a um ato de ocupação como forma de descontentamento e resistência frente aos ataques do Estado contra a classe trabalhadora. Em nenhum momento os estudantes cobriram os rostos, e agiram de forma completamente pacífica durante todo o período em que a ocupação perdurou. No entanto, dois vigilantes da empresa terceirizada, que trabalham no campus, agiram de forma arbitrária e truculenta com os estudantes, desferindo golpes de cassetete e ameaças verbais, com o consentimento e autorização da direção e reitoria, contra os estudantes que tentavam a todo momento explicar que estavam tranquilos e que a ação era legítima”, diz o comunicado.

Em seguida, a Polícia Militar foi acionada. Segundo o comunicado, um dos policiais disse que reconheciam a legitimidade do ato, mas que não deveriam sair do local, já que a Rotai estava a caminho. “Em questão de segundos a viatura da Rotai chegou e os policiais desceram com armas em punho ameaçando os estudantes. Os estudantes se recusaram a sair da ocupação e os policiais arrebentaram as correntes com um alicate de cortar vergalhão, expulsando os estudantes”, diz o comunicado.

Ainda segundo nota do movimento, o diretor do campus não conversou com os estudantes, e apenas ouviu os vigilantes e policiais. “Essa não foi a primeira vez que alunos sofreram agressões. O Movimento Estudantil 28 de Março repudia completamente as ações truculentas. Vivemos dias difíceis na Universidade, onde estão cerceando o direito de livre manifestação e liberdade de expressão. Somos estudantes e lutamos para manter os nossos direitos enquanto classe trabalhadora. Nosso papel é de levar o debate para dentro e fora da universidade, um espaço público onde temos o direito de nos manifestar”, acrescenta o movimento, por meio do comunicado.

A reportagem ligou no celular do diretor do campus da UFMS e do comandante da Polícia Militar, mas ambos não atenderam as ligações.

 

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