O presidente da Eldorado Brasil, empresa de celulose instalada em Três Lagoas, José Carlos Grubisich, disse que o envolvimento da companhia nas irregularidades apuradas pelas operações Sépsis e Greenfield, da Polícia Federal, dificultou as negociações para o financiamento do projeto de expansão da fábrica, orçado em mais de R$ 10 bilhões.
“Estamos convencidos de que temos o melhor projeto do mundo, mas é evidente que em um momento de investigação é muito mais difícil fechar um financiamento”, disse o executivo, ao jornal Valor Econômico, conforme publicação nesta quinta-feira (27).
Em razão das dificuldades para obter os recursos necessários, a Eldorado adiou para 2020 o início das operações da segunda linha, conforme antecipou o JPNEWS em 25 de fevereiro.
O cronograma inicial, divulgado no lançamento da pedra fundamental do projeto Vanguarda 2.0 em 15 de junho de 2015 pelo presidente da empresa, era colocar em operação a nova linha em 2018. No ano passado, adiou para 2019, e agora, a previsão de entrada em operação é para o início de 2020.
A empresa executou o serviço de terraplanagem da nova linha, mas a obra não avançou por falta de recursos.