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Greve? Que greve?

O Brasil já viveu dias de greve bem mais sérios. Isso que vimos acontecer na sexta feira não chegou aos pés de uma mobilização nacional de verdade

Por Da redação
29/04/2017 • 12h20
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O Brasil “quase” parou no dia 28. A sexta feira da baderna como foi classificada pelo Ministro da Justiça Osmar Serraglio, teve de tudo um pouco quando se olha com mais profundidade os atos praticados pelos baderneiros profissionais que protagonizaram atos de covardia país afora. Tentaram conduzir o Brasil à estágios venezuelescos, como se isso representasse algo importante nesse momento e como se o quebra-quebra pudesse revelar alguma coisa de interesse nesse momento de reformas inevitáveis. A sexta feira da greve na verdade foi transformada num espetáculo deprimente, desnecessário e desanimador.

O Brasil já viveu dias de greve bem mais sérios. Isso que vimos acontecer na sexta feira não chegou aos pés de uma mobilização nacional de verdade. O Brasil assistiu à tudo sem saber que tipo de greve os baderneiros estavam lançando. E para piorar ainda mais, vimos um pouco de tudo. A “greve” que foi marcada pela violência, abusos, desrespeito e acima de tudo com mensagens claras não apenas aos políticos. O fuzuê que reuniu gente séria e muitos aproveitadores, ganhou as ruas trazendo uma mensagem ameaçadora ao juiz Sérgio Moro. Isso ficou bastante claro em determinados atos onde a baderna ganhou forma com mais profissionalismo.

Os brasileiros do bem não se sentiram representados pela greve geral da sexta feira. Os trabalhadores não entenderam direito o modelo apresentado. Antigamente quando se falava em greve, a gente ficava em casa com a família, descansando, curtindo os filhos e temendo pelo futuro. Aquele modelo ajudou a moldar o Brasil e à promover democracia e liberdades. Que lições essa greve da baderna deixará aos trabalhadores?

Muitos brasileiros se prepararam para a tal greve geral, mas a julgar pelo que vimos, ficou evidente que uma imensa maioria dos “grevistas”, não compreenderam bem o motivo de tantas ações de enfrentamento nas ruas, aeroportos e praças. O ato nacional, anunciado com certo equilíbrio e que prometia apenas alertar o país para o que muitos consideram um equívoco, acabou se revelando um palanque perfeito aos que desejam manter acesa a chama dos movimentos sindicais que não representa o verde e amarelo desse nosso país. Aliás, o vermelho mais uma vez coloriu a baderna. Na próxima vez que anunciarem greve, o melhor mesmo é evitar sair de casa. Esse novo estilo de paralisação nacional revelado na sexta feira, 28 de abril, não representa o brasileiro ordeiro e trabalhador desse país.

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