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Não abrir mão do direito de votar

Leia o Editorial na edição deste sábado (18) do Jornal do Povo

Por Redação
18/08/2018 • 15h07
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A declaração de uma senhora de aproximadamente 60 anos, em uma reportagem da TVC HD 13.1, nesta semana, causou espanto pela firmeza e conhecimento. Questionada sobre a qualidade dos serviços públicos, foi taxativa em responder que “precisam melhorar muito” e mais ainda ao afirmar que “se o povo deixar de votar, [os serviços] vão piorar ainda mais”. 

O que poderia ser uma resposta pronta, carregada de vícios de expressão, sempre com conteúdo xerocado de terceiros, transformasse em objeto de análise, principalmente em seu segundo trecho.

A melhora dos serviços públicos está diretamente relacionada à “qualidade” da classe política. E as eleições deste ano são mais uma chance de buscar meios de obter avanços no atendimento público de saúde, de segurança, educação etc. No contraponto, significa que o voto nulo ou em branco vão contribuir para que a situação condenável de hoje piore ainda mais em todos os setores em que o Estado é colocado como responsável e que recebe o financiamento público para servir.

Deixar de votar é atitude reprovável, salvo em situações que justifiquem. É dar continuidade ao que se condena agora e, para o futuro, condenar ao fracasso o que ainda existe. Somente com a eleição de pessoas altamente comprometidas com o que é público será possível especializar o atendimento, aplicar gestão competente e utilizar os recursos públicos com seriedade. 

A Constituição Federal faculta ao brasileiro o direito ao voto em branco. Não há, contudo, nenhuma legalidade no voto nulo e deixar voluntariamente de votar é concordar com a situação por pior que seja - e isso não é somente a senhora da reportagem que não quer mais. 

O brasileiro que quer um país melhor precisa votar e saber como votar bem, avaliando propostas, perfil e compromissos de candidatos e partidos, em especial com o desenvolvimento e a melhora de qualidade dos serviços públicos. 

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