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O que 2020 te reserva?

Leia o artigo do presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, João Carlos Polidoro

Por Redação
04/01/2020 • 07h29
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Em 2019 vimos a esperança renascer com força. Na política nacional, mudança de rumos e atitudes; na economia, a busca da recuperação com crescimento sustentável; e, pela primeira vez na história recente, um governo falando e agindo para diminuir o tamanho da máquina estatal, visto claramente na esfera federal. 

Os sinais positivos são vários: recuperação de quase 1 milhão de empregos, taxa básica de juros em 4,5% a.a., inflação abaixo da meta de 4,25% – e ficará abaixo de 4% para o ano de 2019 –, PIB deve fechar acima de 1%, Ibovespa superou os 117 mil pontos, dólar em torno de R$4,10, varejo em recuperação por seis meses consecutivos, o setor público deverá fechar com o deficit primário entre R$ 70 e R$ 80 bilhões – abaixo da meta inicial de R$ 132 bilhões –, aprovação da Lei da Liberdade Econômica, aprovação da reforma da Previdência etc.

O que vem por aí em 2020? A tão esperada reforma tributária, que estará no foco das discussões do Congresso Nacional. O que esperamos dela? Que diminua e equalize a carga tributária com a simplificação no topo das preocupações dos legisladores. 

A reforma administrativa trará novas regras para contratação de servidores, com salários próximos do setor privado, flexibilizando o processo de demissão e reduzindo o número de carreiras para diminuir o tamanho do Estado brasileiro. Isso tudo faz parte do plano de reformas proposto pelo governo federal, que prevê, além da reforma tributária, um novo pacto federativo.

Ao trazer essas percepções para terras pantaneiras, apesar do aumento de impostos promovido pelo governo estadual, inviabilizando alguns setores, o ambiente parece favorável para investimentos e, principalmente com as oportunidades que a Rota da Integração Latino Americana, a Rota Bioceânica, está proporcionando, não precisamos esperar pontes e estradas ficarem prontas para fazer negócios. A rota já existe e é preciso apenas usar e gerar transações entre os países vizinhos. O comércio internacional traz a possibilidade de novas receitas, gerando incremento no faturamento de nossas empresas. 

O Estado de Mato Grosso do Sul e, principalmente, nossa Capital morena estão em posição estratégica para a concretização de um hub logístico para atender o Centro-Oeste e demais regiões do Brasil na distribuição de produtos oriundos de diversos países, que usarão os caminhos mais favoráveis, com custos menores que a logística convencional, usada atualmente, para o escoamento da produção.

O setor do turismo pode ser o caminho mais rápido para a integração com os demais países da América Latina, pois temos belezas naturais, fauna e flora apreciadas no mundo inteiro, bem como os países da rota também têm belezas que encantam, como a Cordilheira dos Andes, Deserto do Atacama, Chaco Paraguaio e Argentino, as salinas do Chile e Argentina e muitas outras atrações para os sul-mato-grossenses visitarem.

Tudo indica que 2020 tornar-se-á um ano melhor para nossa economia, pelas mudanças que já aconteceram e pelas que estão por vir. Se o Estado não atrapalhar, já será de grande ajuda!

*João Carlos Polidoro é presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande

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