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Mato Grosso do Sul, 20 de abril

Alunos do Curso de Segurança de Autoridades participam de aula de atividades com explosivos

Durante as aulas, os policiais e agentes puderam conhecer os materiais específicos que são encontrados em fiscalizações e outros localizados em possíveis atentados a autoridades

Por Redação
20/11/2012 • 16h30
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Os alunos do III Curso de Segurança de Autoridades participaram nesta terça-feira (20) das aulas da disciplina de Atividades com Explosivos, que tem duração de 5 horas/aula e envolve aprendizado prático e teórico.

Durante as aulas, os policiais e agentes puderam conhecer os materiais específicos que são encontrados em fiscalizações e outros localizados em possíveis atentados a autoridades.
 
As aulas são baseadas em protocolos internacionais que orientam os procedimentos em cada ação e varreduras antibomba, realizada pelos agentes de segurança pessoal que trabalham na área de proteção de Autoridades e Dignitários. “Nosso principal objetivo é fornecer aos alunos conhecimento e noções gerais de como proceder nas situações que envolvem explosivos com foco na ação preventiva”, explicou o major Wagner Ferreira da Silva, subcomandante da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) e instrutor da disciplina.
 
Embora Mato Grosso do Sul não tenha registro deste tipo de ocorrência com explosivos e bombas envolvendo autoridades as aulas têm papel fundamental na formação dos policiais e agentes que participam do curso. O subcomandante da Cigcoe classifica a disciplina como pró-ativa, com a finalidade de antecipar ou prever os acontecimentos. “A autoridade é sempre uma vítima em potencial, um alvo e ela não tem que preocupar-se com sua segurança, somos nós que devemos fazer isso. Esta atitude preventiva é para evitar qualquer ocorrências e não remediar”, ressalta Wagner.
 
Nas aulas os alunos recebem informações para saberem identificar explosivos e os tipos existentes, aprendem a reconhecer bombas, os procedimentos operacionais para atuarem nos casos de encontrarem bombas ou ameaça deste tipo de artefato, e ainda noções de como proceder e realizar varreduras em imóveis que serão ocupados pelas autoridades ou até mesmo posteriormente a uma ameaça.
 
Para os dois policiais militares de Mato Grosso que já atuam na segurança do governador do Estado vizinho o curso é uma oportunidade de reciclar e aperfeiçoar ainda mais o conhecimento. Para o sargento Alberto Alves Borba que está estagiando na Casa Militar de Cuiabá o curso é imprescindível para o desempenho de suas funções. “Temos uma polícia irmã aqui em Mato Grosso do Sul e o intercâmbio é algo muito proveitoso. As realidades dos cois estados são a mesma e os ensinamentos aprendidos aqui serão aplicados no outro Estado, pois atendem nossas necessidades”, enfatiza Borba que faz parte da Polícia Militar já há 12 anos e está a três meses atuando na segurança do governador de Mato Grosso.
 
A mesma ideia é compartilhada pelo soldado Sérgio Gustavo Rodrigues da Silva que atua na Secretaria da Casa Militar de Mato Grosso há um ano. “A área de conhecimento que adquirimos neste curso é muito abrangente e pode ser bem utilizada. Saímos daqui totalmente capacitados para atuar neste segmento. Temos a mesma doutrina entre os dois estados”, conta o soldado de Mato Grosso.
A vontade de atuar na área de proteção de Autoridades e Dignitários que realizam visita oficial ao Estado levou o 3º sargento André Luiz Barros Arinos a se matricular no curso. “É sempre bom se especializar e tenho planos para atuar neste segmento. Aqui temos noções variadas sobre diferentes áreas. É uma capacitação bem abrangente”, relata o policial que faz parte do efetivo da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais.
 
Diretriz Antibomba
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul criou em 2011 um protocolo com normas e procedimentos antibomba chamado “Diretriz Antibomba”, que foi construído com base em orientações da ONU - Organização das Nações Unidas.
O Estado está entre as cinco unidades da federação que possuem diretrizes próprias e tem protocolo definido. Para gerenciar as diretrizes foi criado o Grupo de Bomba e Explosivos (GBE) que pertence a Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais – Cigcoe.
 
O grupo é especializado em atendimento de ocorrências de explosivos em todo o Estado, responsável pelo treinamento de pessoal qualificado, e pelo estudo e atendimento de ocorrências envolvendo qualquer tipo de explosivos. “Neste curso em que instruímos os alunos a adotarem medidas preventivas mostramos que o Grupo de Bomba e Explosivos pode ser acionado se houver qualquer necessidade de reagir a materiais explosivos para garantir a segurança da autoridade”, esclarece o major da Cigcoe, Wagner Ferreira da Silva.

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