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Mato Grosso do Sul, 08 de maio

Ampliação de Termelétrica terá início em abril

Programa de Aceleração do Crescimento destinou R$ 155,8 milhões para a execução da obra

Por Redação
28/01/2009 • 06h45
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Deve iniciar em abril deste ano, a obra de ampliação da Usina Termelétrica Luis Carlos Prestes, em Três Lagoas. De acordo com a assessoria da Petrobras, a ampliação da capacidade da unidade do Município faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento da empresa e contará com um investimento de R$ 155,8 milhões até a conclusão da obra, que já se encontra em estágio de licitação.
A previsão é que, com a ampliação, a unidade em Três Lagoas aumente a potência em pouco mais de 100 MW, passando de 252 MW – produção atual, que equivale ao abastecimento de uma cidade de um milhão de habitantes - a mais de 360 MW, com a implantação de mais duas turbinas geradoras.
Assim que iniciada, a obra deverá gerar em torno de 600 empregos diretos, “muitos deles contratados da região”, garante a Petrobras.
A conclusão da obra está prevista para encerrar até o segundo semestre de 2010. A energia deverá garantir a segurança no abastecimento de energia em Mato Grosso do Sul e na região Centro-Oeste.
Ainda não se sabe o número de postos de trabalho que serão criados após a conclusão da obra. Atualmente, a Termelétrica emprega mais de 50 pessoas.
A construção da usina termelétrica de Três Lagoas teve inicio em 2001, quando o Brasil foi pego de surpresa com o “apagão”, por conta da falta de energia.
Na época, a obra contou com um investimento de R$ 500 milhões, assumidos integralmente pela Petrobras. No pico da construção, a unidade chegou a empregar mais de 1,2 trabalhadores. A unidade, quinta implantada no Brasil com o consumo do gasoduto da Bolívia, está em operação em ciclo simples desde janeiro de 2004. Atualmente, são quatro turbinas em funcionamento, o que corresponde a um consumo estimado de dois milhões de m³ de gás natural/dia – provenientes do ramal MSGÁS de 33 km até a Bolívia.
A energia produzida pela termelétrica Três Lagoas é comercializada pela Petrobrás Comercializadora de Energia, subsidiária da Petrobrás.

GÁS BOLIVIANO

No começo deste mês, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão havia anunciado o desligamento de usinas termelétricas movidas a gás do Brasil. Com isso, a Petrobras reduzirá a importação do gás boliviano. Segundo Lobão, a empresa passará a importar diariamente 19 milhões de metros cúbicos do insumo boliviano por dia, ao invés dos 30 milhões de m³ importados normalmente.
O governo justificou que a medida foi tomada devido às cheias nos reservatórios das usinas hidrelétricas no início deste ano. Além disso, segundo Lobão, a energia gerada pelas hidrelétricas é mais barata do que as fornecidas pelas termelétricas. Só permaneceram em funcionamento as térmicas Norte Fluminense 1 e 2, por força contratual, e as usinas nucleares Angra 1 e 2.
De acordo com a Petrobras, a medida não afeta em nada o andamento das obras. Já que as usinas termelétricas são para dar suporte ao fornecimento de energia gerado pelas hidrelétricas.

PACOTE

Além da ampliação da usina Luis Carlos Prestes, também fazem parte do Programa de Aceleração a construção das Usinas Termelétricas de Euzébio Rocha (SP) e Jesus Soares Pereira (RN) e para a conversão para bicombustível de outras três termelétricas visando flexibilidade operacional: UTE TermoCeará (CE), UTE Barbosa Lima Sobrinho (RJ) e UTE Sepé Tiaraju (RS). Os projetos foram anunciados no mês passado e prevê um investimento de R$ 600 milhões em geração de energia elétrica, equivalente a um incremento de 792 MW ao parque gerador da empresa.

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