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Mato Grosso do Sul, 26 de abril

Bin Laden pede guerra santa contra Israel em Gaza

Os ataques na Faixa de Gaza, iniciados em 27 de dezembro, já deixaram mais de mil palestinos mortos

Por Redação
15/01/2009 • 07h35
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O líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, pediu por uma “jihad” (guerra santa) contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza em nova fita de áudio publicada ontem (14), nas páginas de internet islâmicas. A fita, intitulada "Pedido por Jihad para parar a agressão contra Gaza", tem data do mês islâmico corrente, mas sua autenticidade não foi verificada, porém a voz se parecia com a do extremista em declarações anteriores.
Os ataques israelenses na Faixa de Gaza, iniciados em 27 de dezembro, já deixaram mais de mil palestinos mortos. Israel argumenta que mantém a operação para interromper o lançamento de foguetes por militantes em seu território. O alvo israelense é o grupo militante islâmico Hamas, que controla Gaza.
Na fita de 22 minutos, Bin Laden disse que os Estados Unidos estão perdendo sua posição hegemônica no mundo e que isso se deve à campanha da Al-Qaeda. "A jihad de seus filhos contra a coalizão cruzado-sionista é uma das razões principais desses efeitos destrutivos entre nossos inimigos". "O grande e rápido declino da influência da América é uma das mais importantes motivações para os israelenses terem travado um ataque bárbaro contra Gaza, em um desejo de aproveitar os últimos dias do mandato do presidente Bush e dos neoconservadores".
A Casa Branca disse que a fita de áudio demonstra o isolamento do líder da Al-Qaeda. Para o governo americano, a gravação é provavelmente uma tentativa de arrecadar dinheiro. "Parece que essa gravação demonstra o seu isolamento e suas tentativas constantes de continuar relevante, numa época em que a ideologia, a missão e a agenda da Al-Qaeda estão sendo questionadas e desafiadas no mundo todo", disse o porta-voz da Casa Branca, Gordon Johndroe.

OBAMA

O líder da Al-Qaeda afirmou que Bush deixou o presidente eleito Barack Obama com "duas opções amargas", e questionou se o próximo líder americano seja capaz de manter a luta contra a Al-Qaeda e outros grupos terroristas. "Deus nos dotou da paciência para prosseguir no caminho da jihad por mais sete anos, e ainda sete e mais sete... A pergunta é: “será que a América levará adiante sua guerra contra nós por várias décadas ainda?” Os relatos e as evidências sugerem o contrário."  "De fato, 75% dos americanos estão felizes com a saída do presidente que os colocou em uma guerra que eles possivelmente não ganharão".
Bin Laden afirma que o presidente Bush afundou o povo americano no desastre econômico e deixou "seu sucessor com um legado difícil, e o deixou com uma das duas opções mais amargas. A pior herança é quando um homem herda uma longa luta de guerrilha com um inimigo paciente e perseverante - uma guerra que foi financiada pela usura. Se ele (Obama) se retirar da guerra, seria uma derrota militar, mas se prosseguir, se afundará na crise financeira".

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