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Mato Grosso do Sul, 24 de abril

Bloqueio de proteína sugere terapia potencial para o vírus HIV

Descoberta sugere novas abordagens para o tratamento de outras infecções virais crônicas persistentes como a hepatite C

Por Redação
13/04/2013 • 12h45
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Equipe de pesquisadores da UCLA, nos EUA, demonstrou que o bloqueio temporário de uma proteína crítica para a resposta imune ajuda a limpar o organismo de infecções crônicas.

A descoberta sugere novas abordagens para o tratamento de infecções virais persistentes como o HIV e hepatite C.

A equipe de pesquisa estudou interferon tipo-1 (IFN-1), proteínas libertadas por células em resposta a organismos causadores de doenças que permitem que as células conversem com outras e orquestrem uma resposta imune contra a infecção. A sinalização constante de IFN-1 é também uma marca da infecção crônica e da progressão de doenças, particularmente HIV.

"Quando as células enfrentam vírus, elas produzem interferons tipo-1, que desencadeiam as defesas protetoras do sistema imunológico e disparam um alarme para notificar as células vizinhas", explica o investigador principal David Brooks.

Os cientistas há muito encararam IDF-1 como benéfica, pois estimula a imunidade antiviral e ajuda a controlar a infecção aguda.

Por outro lado, a sinalização prolongada de IFN-1 está ligada a muitos problemas imunes crônicos. A equipe de pesquisa se perguntou se obstruir a via de sinalização permitiria que o sistema imunológico se recuperasse o suficiente para combater a infecção crônica.

Para testar esta teoria, Brooks e seus colegas injetaram ratos que sofrem de infecções virais crônicas com um anticorpo que temporariamente bloqueou a atividade de IFN-1.

Eles descobriram que o bloqueio de IFN-1 aumentou a capacidade do organismo de combater o vírus. Admiravelmente, esse bloqueio também inverteu muitos dos problemas imunológicos que resultam de infecção crônica.

Os resultados contrariam estudos anteriores que sugerem que a eliminação de IFN-1 leva a infecção grave e persistente ao longo da vida.

A equipe acredita que a descoberta desse mecanismo pode oferecer potencial para novas terapias para combater vírus como o HIV e hepatite C.

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