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Mato Grosso do Sul, 18 de abril

Criação de empregos formais cai 46,9% em agosto, para 100 mil vagas

Por Redação
20/09/2012 • 14h21
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 criação de empregos formais caiu quase à metade em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho. No mês passado, foram criados 100.938 postos de trabalho formais, ante 190 mil no mesmo mês de 2011, uma queda de 46,9%.

CRIAÇÃO DE VAGAS FORMAIS EM 2012
Mês Número de vagas
Janeiro 118.895
Fevereiro 150.600
Março 111.746
Abril 216.974
Maio 139.679
Junho 120.440
Julho 142.496
Agosto 100.938
Total
 1.378.803*
*Ajustado com dados da Rais
 
Segundo o governo, foi o pior resultado do ano e a menor criação de vagas em meses de agosto desde 2003, quando o número ficou em 79.772. O recorde para meses de agosto permanece sendo o ano de 2010, quando foram abertos 299.415 empregos com carteira assinada.

Resultado surpreende governo
"O movimento de agosto nos causou uma certa surpresa. Esperávamos a criação de empregos perto da média para o mês, que é de 186 mil vagas abertas. Chegamos à conclusão que o movimento do mercado não está tão previsível quanto nos anos anteriores. Há uma certa irregularidade", disse o diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho, Rodolfo Torelly. Ele não soube dizer qual a razão para o pior resultado em nove anos para o mês de agosto.

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Para ele, porém, a criação de 100 mil empregos formais em agosto não pode ser considerada "razoável". "Não é um bom resultado, mas não é um péssimo resultado. É positivo. Eu estaria assustado se houvesse uma perda de empregos. Não é novidade para ninguém o cenário internacional difícil", declarou ele.

Crise financeira e medidas de estímulo
O fraco resultado na geração de empregos com carteira assinada acontece em um ano marcado pela crise financeira internacional, que tem prejudicado o crescimento de todas as economias ao redor do mundo.

No começo deste ano, a previsão do governo federal para a expansão da economia estava acima de 4%. Atualmente, já foi revisada para 2% de expansão. Para o mercado financeiro, o crescimento será menor ainda neste ano: de 1,57%.

Para recuperar o crescimento, a equipe econômica do governo anunciou, nos últimos meses, uma série de medidas, como a redução do IPI para a linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e para os automóveis.

Além disso, também reduziu o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento às desonerações da folha de pagamentos, liberou mais de R$ 70 bilhões em depósitos compulsórios para os bancos e vem reduzindo a taxa básica de juros desde agosto do ano passado. Atualmente, os juros estão em 7,5% ao ano - os menores da história.

saiba mais
 
Criação de empregos formais cai 21,6% em 2011, para 2,24 milhõesAcumulado do ano
No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, foram gerados 1,37 milhão de vagas com carteira assinada, o que representa uma queda de 24,5% frente ao mesmo período do ano passado (1,82 milhão de empregos formais criados).

Este é o pior resultado para o período desde 2009, quando foram criados 842 mil empregos com carteira assinada. Os números de criação de empregos formais do acumulado deste ano, e de igual período de 2011, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de julho). Os dados de agosto ainda são considerados sem ajuste.

Para todo este ano, a previsão de Rodolfo Torelly, do Ministério do Trabalho, é de que sejam abertas de 1,5 milhão e 1,7 milhão de empregos com carteira assinada. Se confirmado este resultado, haverá uma queda frente ao ano passado, quando forma criadas cerca de 2 milhões de vagas formais de trabalho no país. 

Setores da economia
Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais no acumulado deste ano, com 593 mil postos abertos, ao mesmo tempo em que a construção civil foi responsável pela contratação de 256 mil trabalhadores com carteira assinada.

A indústria de transformação, por sua vez, gerou 185 mil postos formais de emprego, enquanto que o setor agrícola abriu 152 mil empregos no período. Já o comércio criou 131 mil postos formais, segundo dados oficiais.

Distribuição geográfica dos empregos
Por regiões do país, ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, o destaque ficou por conta do Sudeste, com 775 mil postos formais abertos nos oito primeiros meses de 2012. Em segundo lugar, aparece a região Sul, com a abertura de 243 mil vagas com carteira. A região Centro-Oeste, por sua vez, abriu 185 mil postos de trabalho. Já as regiões Norte e Nordeste criaram, respectivamente, 98 mil empregos e 75,6 postos formais no primeiro semestre deste ano.

 

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