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Mato Grosso do Sul, 24 de abril

Droga experimental inibe crescimento do tumor em todas as fases do câncer renal

Medicamento em teste ataca uma proteína que é excessivamente ativa nas amostras humanas de câncer de rim

Por Redação
30/04/2013 • 16h45
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Pesquisadores da Mayo Clinic, nos EUA, demonstraram que uma droga experimental é capaz de reduzir o crescimento de tumores em todas as fases do câncer renal.

O medicamento ataca uma proteína que é excessivamente ativa em todas as amostras humanas de câncer de rim. Em combinação com outro fármaco já usado para tratar a doença, a droga melhorou a eficácia de ambos.

Os resultados oferecem uma nova direção potencial para o tratamento de carcinoma de células renais de células claras, que responde por quase 85% dos casos de câncer de rim nos Estados Unidos.

As descobertas foram publicadas na revista Clinical Cancer Research.

"Há uma clara necessidade de novas terapias para esse tipo de câncer comum. Com poucas exceções, os pacientes tornam-se inevitavelmente resistentes a todos os tratamentos disponíveis", afirma o pesquisador sênior John Copland.

A equipe acredita que os resultados podem ser relevantes para o tratamento de outros tipos de câncer.

A proteína que eles identificaram é produzida pelo gene stearoyl CoA desaturase 1 (SCD1), que também foi mais ativo em uma série de outros cânceres, incluindo pulmão, estômago, mama, próstata, ovário e cólon.

A droga experimental, A939572, é um inibidor da proteína-alvo SCD1. A proteína não só é ativa em alguns tipos de câncer, mas também está sendo investigada por seu papel na promoção da obesidade e diabetes. Os cientistas também estão testando A939572 como um antídoto para essas condições.

Os cientistas realizaram um exame do genoma de 150 amostras de tecidos de pacientes com câncer renal, o que representa todas as fases de progressão tumoral, para identificar genes que são expressos em excesso, em comparação com amostras de tecido não cancerosas. SCD1 foi um dos seus melhores achados.

Eles, então, desativaram SCD1 em células de câncer de rim de laboratório e descobriram que as células do tumor pararam de crescer e uma grande porcentagem morreu.

Em seguida, os pesquisadores testaram A939572 com o medicamento anticâncer temsirolimus. Eles descobriram que o uso de qualquer um dos agentes isoladamente reduziu o crescimento do tumor em cerca de 25% em estudos com ratos, mas o uso dos dois medicamentos em conjunto, e em doses mais baixas, reduziu o crescimento em 60 a 70%.

A equipe acredita que a expressão da proteína SCD1 oferece um novo biomarcador do câncer de rim que pode orientar o tratamento.

 

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