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Mato Grosso do Sul, 19 de abril

Espaços verdes aumentam satisfação e bem-estar de moradores de áreas urbanas

Pessoas relatam menos sofrimento mental e maior satisfação com a vida quando vivem perto de parques e jardins

Por Redação
22/04/2013 • 17h15
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Pessoas que vivem em áreas urbanas com mais espaços verdes tendem a relatar maior bem-estar do que os moradores da cidade que não têm parques, jardins ou outros espaços verdes nas proximidades. É o que revela estudo realizado por pesquisadores da University of Exeter, no Reino Unido.

Os resultados, publicados na revista Psychological Science, revelam que áreas verdes urbanas estão ligadas a uma maior satisfação com a vida.

O líder da pesquisa, Mathew White e seus colegas examinaram dados de mais de 10 mil pessoas entre 1991 e 2008, retirados de uma pesquisa nacional que seguiu famílias do Reino Unido ao longo do tempo.

Eles descobriram que indivíduos relataram menos sofrimento mental e maior satisfação com a vida, quando viviam próximos de áreas verdes.

Segundo os pesquisadores, a associação permaneceu, mesmo após mudanças ao longo do tempo na renda dos participantes, emprego, estado civil, saúde física e tipo de moradia.

White e seus colegas ficaram surpresos com a escala do efeito de viver em uma área verde em comparação com eventos grandes da vida, como o casamento. "Descobrimos que viver em uma área urbana com níveis relativamente altos de espaço verde pode ter um impacto bastante positivo no bem-estar, aproximadamente igual a um terço do impacto de estar casado", explica White.

Este efeito também é equivalente a um décimo do impacto de estar empregado, em comparação com estar desempregado.

Os resultados mostram que, mesmo quando comparados contra outros fatores que contribuem para a satisfação com a vida, viver em uma área verde tem um efeito significativo.

"Esses tipos de comparações são importantes para os formuladores de políticas ao tentar decidir como investir os escassos recursos públicos, como para o desenvolvimento do parque ou manutenção, e descobrir o impacto de seus investimentos", afirma White.

A nova pesquisa não prova que a mudança para uma área verde vai necessariamente causar aumento da felicidade, mas se encaixa com os resultados de estudos experimentais que mostram que sessões curtas de tempo em um espaço verde podem melhorar o humor das pessoas e o funcionamento cognitivo.

"Esta pesquisa pode ser importante para psicólogos, funcionários de saúde pública e urbanistas que estejam interessados em aprender sobre os efeitos que a urbanização e o urbanismo podem ter sobre a saúde da população e o bem-estar", conclui White.

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