A economia de Mato Grosso do Sul é tradicionalmente dominada pelo desenvolvimento do rebanho de corte e da produção agrícola, principalmente soja e milho. Contudo, a introdução de novas culturas, como a silvicultura [produção de florestas plantadas] e o setor sucroalcooleiro [açúcar e álcool] vem alterando e fortalecendo a competitividade do Estado.
    
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgou na segunda-feira (15) o último levantamento da safra de cana-de-açúcar no Brasil. Pela pesquisa, até o final de 2008, a produção de cana-de-açúcar crescerá 13,9%, quando serão processadas 571,4 milhões de toneladas.
    
No ranking dos Estados produtores, Mato Grosso do Sul aparece entre os cinco primeiros, com 20,7 milhões de toneladas de cana processadas. Pelas expectativas anunciadas pelo governador André Puccinelli, o Estado caminha para o topo da lista. Em 2008, será produzido 1,2 bilhão de litros de álcool. Até 2015, serão 5,9 bilhões de litros, colocando o Estado na segunda posição.
    
Das 571,4 milhões de toneladas, 246 milhões de toneladas serão utilizadas para produzir 32,1 milhões de toneladas de açúcar. Já o etanol vai consumir 325,3 milhões de toneladas de cana, um crescimento de 20,1.%, gerando 26,6 bilhões de litros de álcool, sendo 10,1 bilhões do tipo anidro (misturado à gasolina) e 16,5 bilhões do hidratado (utilizado diretamente nas bombas). O poliduto ainda está em fase de estudo de implantação.
    
No início da gestão atual, no começo de 2007, o Estado não estava incluso nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Contudo, o governador André Puccinelli solicitou à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, a viabilização do poliduto. Com a obra, o escoamento da produção de etanol seria dinamizado, barateado e chegaria diretamente aos principais portos do Pais.