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Mato Grosso do Sul, 25 de abril

Estado vai criar fórum sobre questão fundiária indígena

Por Redação
07/11/2012 • 10h02
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De acordo com Kemp, o Fórum irá ajudar a negociar e buscar soluções para o impasse. A Presidência da Assembleia Legislativa será palco na próxima segunda-feira (12), às 14h, de uma reunião entre deputados estaduais, bancada federal, governo do Estado, Funai (Fundação Nacional do Índio) e entidades como Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária) e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para tratar da criação de um fórum para encaminhar soluções para a questão fundiária indígena.

“O fórum irá ajudar a negociar, buscar soluções”, explicou ontem (6) o deputado estadual Pedro Kemp (PT). “É para não criar aqui um clima de guerra. Temos que evitar novos conflitos [entre produtores rurais e indígenas], mas para isso é preciso que haja uma mesa de negociação. Precisamos discutir uma maneira de resolver esse impasse de forma pacífica’, disse.

A criação do fórum acontece no momento em que a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado está para visitar Mato Grosso do Sul com o objetivo de discutir a situação de 170 índios Guarani-Kaiowá, que ocupam área em uma fazenda em Iguatemi (na região Sul do Estado). Os indígenas reivindicam a área como terra indígena tradicional.

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O impasse ganhou repercussão nacional após a divulgação de uma carta dos índios. Inconformados com a decisão do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) determinando a reintegração de posse, os indígenas divulgaram um texto em que afirmavam que seria melhor terem decretado a morte deles. A declaração foi interpretada como uma ameaça de suicídio coletivo e foi amplamente difundida por meio das mídias sociais.

Tetila – O presidente da Comissão de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Laerte Tetila (PT), também usou a tribuna para falar sobre o assunto.

Para ele, a única solução possível está na indenização justa dos produtores rurais que tenham terras consideradas indígenas. “A única solução é a indenização cheia, da terra e das benfeitorias”, ressaltou.

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