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Mato Grosso do Sul, 26 de abril

Fundação de Cultura entrega 800 livros para estabelecimentos penais

O Mato Grosso do Sul foi o primeiro estado a estabelecer a remissão de pena por ciclo de 12 horas de estudo

Por Redação
09/11/2012 • 14h44
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A Fundação de Cultura do Governo de Mato Grosso do Sul fez ontem, (8) a entrega de 10 Kits Literários, com 80 livros cada, para a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). As obras, que cumprem papel importante na educação e ressocialização dos internos, ampliam o acervo de bibliotecas de dez estabelecimentos penais do interior.

Os kits distribuídos são compostos por obras com temáticas sul-mato-grossenses. A maior parte publicada com recursos do Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul (FIC-MS). Revelam a cultura, a história e o patrimônio artístico do Estado.

As caixas serão distribuídas nos Estabelecimentos Penais femininos de São Gabriel do Oeste, Dourados e Ponta Porã, no masculino de Coxim, nos semiabertos Paranaíba, Aquidauana, Dourados e Naviraí, no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira de Campo Grande e no Centro Penal Industrial de Três Lagoas.
 
A entrega de Kits Literários para a Agepen acontece anualmente e amplia o leque de ações da Cultura do Estado, explica o presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Américo Calheiros. “A distribuição gratuita é uma forma de democratizar a cultura e aproximar a população da leitura. Acredito profundamente que a leitura ajuda a transformar vidas e que a ressocialização passa diretamente pela oferta de educação, cultura e trabalho. Estes 800 livros oferecem esta oportunidade”.
 
De acordo com dados da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário, Mato Grosso do Sul conta com 11.300 internos em estabelecimentos estaduais. Cerca de cinco mil são jovens entre 18 e 30 anos e 70% deles não concluiu o ensino fundamental.
 
Os livros cumprem papel importante na ressocialização desses internos. São usados como base de pesquisas nas disciplinas da Escola Estadual Polo “Regina Lúcia Anffe Nunes Betine”, que possui salas de aulas em diferentes estabelecimentos penais do Estado e possui 1.500 alunos matriculados. As obras literárias também asseguram acesso à cultura e ampliam os horizontes dos reeducandos.
 
O sistema prisional do Estado é considerado referência na área educacional no País pelo diretor da Agepen, coronel Deusdete Souza de Oliveira Filho. “Fomos o primeiro Estado a estabelecer a remissão de pena por ciclo de 12 horas de estudo. Dos internos que prestaram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2011, 70% foram aprovados. Um número excelente. Os livros ajudam muito nesta formação e na consequente ressocialização”.

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