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Mato Grosso do Sul, 20 de abril

Homem ganha a vida mergulhando no Tietê

Sua história de vida virou reportagem no jornal americano The New York Times

Por Redação
18/12/2012 • 12h45
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Os rios de São Paulo são conhecidos pela tonalidade cinza e pelo mau cheiro, estando entre os mais poluídos do mundo. José Leonídio Rosendo dos Santos tem uma profissão inusitada: sua função é mergulhar nos rios Tietê e Pinheiros. Sua história de vida virou reportagem no jornal americano The New York Times.

Santos mergulha nos rios de São Paulo há mais de 20 anos. Ele é responsável por ajudar a despoluir os rios da capital. Para mergulhar em águas tão sujas, ele usa uma roupa especial e é chamado pelos pedestres de "super-herói japonês" por conta da vestimenta. Ele jura ter visto um homem nadando em São Miguel Paulista sem roupas de proteção.

A roupa é feita de PVC e produzida nos Estados Unidos. Ao contrário do que se pensa, a roupa é leve e fina: "tem 1 a 2 milímetros de espessura", afirma Santos. Ele ganha entre R$ 2 mil e R$ 5 mil - varia conforme o número de dias que ele mergulha nos rios de São Paulo.
Sofás, geladeiras, pneus, armas de fogo, faca e maletas são alguns dos milhares de objetos encontrados por Santos no fundo dos rios paulistanos. Certa vez, ele achou uma bolsa com US$ 2 mil - ele é obrigado a devolver os achados para o governo paulista.

"Depois disso, qualquer mala que puxavam do rio, o pessoal pulava para ver se era dinheiro. Numa dessas tinha uma mulher esquartejada.  Você identifica pelo cheiro: quando sai da água e bate o sol, fica um fedor incrível. Tivemos de ir até a delegacia. Há uns 8, 10 anos, quase todo dia tirávamos um corpo de lá. Agora melhorou, é mais raro", diz Santos.

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