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Mato Grosso do Sul, 24 de abril

Implante biodegradável regenera nervos danificados e reverte paralisia

Técnica utiliza hidrogel de regeneração que induz crescimento das fibras nervosas e restaura a conexão entre nervos danificados

Por Redação
14/05/2013 • 13h45
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Cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel, desenvolveram um novo método capaz de regenerar nervos periféricos danificados e reverter a paralisia.

Segundo os pesquisadores, através de um implante biodegradável em combinação com um hidrogel de regeneração, que aumenta o crescimento e a cura do nervo, a funcionalidade de um nervo danificado pode ser restaurada.

"A terapia, já testada em modelos animais, está a poucos anos de distância do uso clínico", afirma o pesquisador Shimon Rochkind.

Um nervo é como um cabo elétrico. Quando cortado ou danificado, a potência pode não ser transferida e o cabo perde a sua funcionalidade. Da mesma forma, um nervo danificado perde a capacidade de transferir sinais de movimento e sensações através do sistema nervoso.

Agora, Rochkind e seus colegas encontraram uma maneira de corrigir esse problema. No novo método, duas extremidades cortadas de um nervo danificado são reconectadas através da implantação de um tubo biodegradável que serve como uma ponte para ajudar o nervo a terminar de se conectar. O gel inovador que reveste o interior do tubo de alimenta o crescimento das fibras nervosas, estimulando o nervo para reconectar as extremidades cortadas através do tubo, mesmo nos casos com danos nos nervos em massa.

A chave está na composição do gel, de acordo com os pesquisadores, que tem três componentes principais: antioxidantes, que apresentam atividades anti-inflamatórias elevadas; peptídeos sintéticos laminina, que atuam como uma ferrovia ou pista para as fibras nervosas crescerem junto; e ácido hialurónico, vulgarmente encontrado no feto humano, que serve como um tampão contra a secagem, perigo importante para a maioria dos implantes.

Estes componentes permitem que o nervo se cure da forma que um feto faz no útero, rapidamente e sem problemas.

O implante já foi testado em modelos animais, e o gel por si só pode ser usado como um produto autônomo, atuando como uma ajuda para a terapia celular.

O hidrogel não só é capaz de preservar as células, ele pode apoiar a sua sobrevivência enquanto está sendo usado para o tratamento e transplante. Quando cultivado no gel, as células apresentam um excelente desenvolvimento, assim como crescimento intensivo da fibra. Isto pode ter implicações para o tratamento de doenças tais como Parkinson, para a qual os pesquisadores estão explorando ativamente a terapia celular como uma solução potencial.

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