RÁDIOS
Mato Grosso do Sul, 18 de abril

Índice de famílias paulistanas inadimplentes em maio é o mais elevado

Segundo o levantamento, 49,6% das famílias têm débitos vencidos há mais de 90 dias

Por Redação
14/06/2016 • 17h16
Compartilhar

Dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostram que, em maio, 18,8% das famílias da capital paulista estavam inadimplentes, ou seja, com o pagamento de contas atrasado. Esse é o maior índice registrado desde junho de 2012. O resultado é 3,3 pontos percentuais superior ao registrado no mesmo mês de 2015, e 0,5 ponto maior em relação a abril.

Segundo o levantamento divulgado nesta terça-feira (14), 49,6% das famílias têm débitos vencidos há mais de 90 dias. Em 23,3% dos casos, as contas estão vencidas entre 30 e 90 dias e, em  24,7%, por até 30 dias.

De acordo com a pesquisa, a inadimplência é maior entre as famílias com menor renda. Entre as que ganham até dez salários mínimos, 22,5% estão com contas atrasadas – aumento de 3,9 pontos percentuais em comparação com maio de 2015. Já entre aquelas que ganham mais de dez salários mínimos, 9,9% afirmaram ter dívidas vencidas em maio – elevação de 1,9 ponto percentual em relação ao mesmo mês de 2015.

RCN 67: BANNER BAND FM
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“As famílias com menor renda sentem mais os efeitos da crise econômica e, para essa faixa da população, que já vive com o orçamento mais apertado e precisa do crédito para alavancar seu padrão de consumo, qualquer imprevisto pode desequilibrar suas finanças e levar à inadimplência”, disse, em nota, a FecomercioSP.

O levantamento mostra ainda que, em maio, 7,1% das famílias (274 mil, em números absolutos) disseram que não teriam condições de pagar totalmente ou parcialmente suas contas no mês seguinte. Esse percentual era 5,5% no mesmo período de 2015.

“Diante da alta dos preços e queda da renda, o consumidor acaba buscando linhas emergenciais de crédito como o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial, o que é preocupante, pois as taxas de juros cobradas por essas modalidades giram em torno de 300% ao ano, no caso do cheque especial, e superam os 400% ao ano no rotativo do cartão de crédito”, destacou a entidade. (Agência BrasiL)

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Últimas Notícias