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Mato Grosso do Sul, 26 de abril

Mineradora demite dois mil trabalhadores

Segundo o presidente do Sindcarv, Marcos Brito, o número de demitidos poderá chegar a três mil

Por Redação
12/12/2008 • 06h20
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Dois mil trabalhadores do setor carvoeiro foram demitidos pela mineradora MMX, em Corumbá, desde 25 de novembro. As demissões, segundo a direção da mineradora, se devem à brusca queda da demanda internacional por ferro-gusa e minério de ferro.
A estimativa dos impactos da baixa procura pela matéria prima vem sendo analisada diariamente pelo Sindicato das Indústrias e dos Produtores de Carvão Vegetal (Sindcarv). A crise foi gerada pelo impacto causado pelos 150 fornecedores credenciados pela mineradora.
Segundo estimativas do presidente do Sindcarv, Marcos Brito, o número de demitidos poderá chegar a três mil, antes do final do ano, devido à paralisação das atividades da mineradora.
“Todos os dias recebemos notícias sobre 80 a 100 novas demissões. O setor ficou sem perspectivas”, avaliou Marcos Brito. Ele comentou que a MMX também respondia por cerca de 50% da demanda interna por carvão vegetal, com um consumo médio mensal de 80 mil metros cúbicos.
Em comunicado, a direção da MMX estima que essa crise demore por volta de quatro meses. A paralisação das atividades da mineradora, segundo eles, foi a única forma da empresa se ajustar “à nova realidade do mercado” e “á desaceleração da economia mundial”.

RIO TINTO


A mineradora anglo-australiana Rio Tinto anunciou nesta semana que irá demitir também 14 mil empregados, cortar investimentos de US$ 5 bilhões e colocar à venda minas e outros ativos para superar a crise mundial.
A mineradora tem em Corumbá a sua principal subsidiária no Brasil.
Embora evite comentar os efeitos da crise e do plano de demissões, diretoria da Rio Tinto começou também a dispensar trabalhadores em Corumbá. A mineradora não quis informar o número de demitidos, mas alega que se trata de um “processo constante de readequação do quadro de funcionários”. Por enquanto, existe uma dispensa, em média de mais de seis funcionários por mês.
A mineradora Rio Tinto emprega 600 trabalhadores em Corumbá e mantém uns 300 empregos indiretos, por intermédio de uma outra subsidiária, a Minerações Corumbaenses Reunidas (MCR).
Até o início do mês de dezembro, a mineradora Rio Tinto garantia a manutenção do plano de investimentos de R$ 2 bilhões em Corumbá. O projeto previa a ampliação de produção de dois milhões para 22 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, a partir de 2015. Alguns novos equipamentos, relacionados a este projeto, já chegaram a Corumbá, mas pairam dúvidas se o projeto será mesmo executado. (C.A., com informações do Estadão). 

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