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Mato Grosso do Sul, 23 de abril

Ministério oferece cartilha e disque-denúncia contra exploração sexual em destinos turísticos

Destacado na mídia nos últimos 15 anos, esse crime ocorre em várias destinações turísticas

Por Redação
07/02/2009 • 07h00
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O turismo no Brasil vem apresentando números positivos, segundo a Organização Mundial do Turismo – OMT. De 2,9 milhões de turistas em 1997, o Brasil passou a receber 5 milhões em 2007, obtendo um crescimento de 72,42%. E de US$ 1,1 bilhão em 1997, a receita cambial turística passou a US$ 5 bilhões em 2007.

Porém, com o crescimento econômico do país, que consequentemente dá visibilidade ao mercado turístico, infelizmente surge também uma demanda para o turismo com motivação sexual infanto-juvenil.

Destacado na mídia nos últimos 15 anos, esse crime ocorre em várias destinações turísticas e até mesmo em lugares que não possuem uma real infra-estrutura para o turismo. Vale salientar que essa prática não é uma modalidade turística, portanto, não é correto utilizar o termo “turismo sexual”.

O turismo com motivação sexual infanto-juvenil pode ser definido como o deslocamento de pessoas com o objetivo de explorar sexualmente crianças e adolescentes. Viajantes envolvidos com essa prática, normalmente, deslocam-se de áreas desenvolvidas para áreas em desenvolvimento, em busca de anonimato e de crianças e adolescentes disponíveis para esse fim.

Perfil

Uma visão errada que se tem é a de que todo praticante de turismo com motivação sexual infanto-juvenil é um homem de meia-idade ou idoso quando, na verdade, turistas jovens vêm sendo conhecidos também por viajarem com a intenção de abusar sexualmente de crianças.

Os praticantes do turismo com motivação sexual infanto-juvenil não possuem um perfil definido. Podem ser viajantes domésticos ou turistas internacionais e, normalmente, envolvem o uso de acomodação, transporte e outros serviços relacionados ao turismo, que podem facilitar o contato com as crianças e permitir ao criminoso permanecer integrado com a população e o ambiente.

O crime pode ocorrer em diversos locais, desde bordéis no subúrbio e áreas rurais, até praias ou hotéis cinco estrelas em áreas urbanas. O turista com motivação sexual advém de todas as classes sociais e estados civis: eles podem ser casados ou solteiros; homem ou mulher; turistas milionários ou mochileiros; e podem estar perto ou longe da vítima.

Alguns já viajam com esse propósito, no entanto, a maioria são abusadores situacionais, que normalmente não têm preferência sexual por crianças, mas se aproveitam da situação ao perceberem que algumas delas estão disponíveis para esse fim e decidem experimentar a oportunidade de interagir sexualmente com uma criança ou adolescente.

Para evitar esta prática que tipo de prejudica tanto a vítima, quanto o destino turístico, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) e Ministério do Turismo, dentro do programa federal Turismo Sustentável & Infância, lançaram uma cartilha e um site que visam oferecer orientação no combate ao chamado turismo com motivação sexual infanto-juvenil.

Além disso, denúncias podem ser feitas através do telefone de qualquer cidade do Brasil, basta discar o número 100 e a cartilha pode ser visualizada em http://www.turismoeinfancia.com.br/files/cartilha.pdf

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