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Mato Grosso do Sul, 18 de abril

MS fechou 2008 com saldo de 9,8 mil empregos com carteira assinada

O desempenho poderia ter sido ainda melhor, não fossem os reflexos da crise financeira mundial no último mês do ano

Por Redação
20/01/2009 • 14h18
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Mato Grosso do Sul fechou o ano de 2008 com um saldo positivo de 9.866 empregos com carteira assinada gerados, o equivalente a expansão de 2,95% no estoque de assalariados de dezembro de 2007. Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem (19) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) contabilizam 242.953 admissões, contra 233.087 desligamentos.
 
O desempenho poderia ter sido ainda melhor, não fossem os reflexos da crise financeira mundial no último mês do ano. Essa questão conjuntural se juntou à sazonalidade normal de dezembro, quando a entressafra agrícola, as férias escolares, o período de chuvas e o esgotamento da bolha de consumo provocam declínio no nível de emprego, segundo análise do MTE.

A evolução do emprego formal no Estado apresentou crescimento nos dois últimos anos em relação aos dois anos imediatamente anteriores. Em 2007 e 2008, já na nova administração, quando houve investimento em incentivos ao setor privado e retomada de investimentos públicos, os saldos foram, respectivamente, 11.922 e 9.866. O ano de 2006 havia registrado 6.507 de saldo e o de 2005, 4.612.

O forte crescimento iniciado em 2007 mostra que o empregador privado e o poder público - por meio de fomento às empresas e na contratação de obras e serviços – conseguiram movimentar a economia e assim abrir novos postos de trabalho. A tendência se manteve em boa parte do ano de 2008. Prova disso é que Mato Grosso do Sul foi o estado brasileiro que mais contratou trabalhadores na construção civil entre maio de 2007 e maio de 2008. A média nacional de crescimento do emprego formal no setor foi de 17,57% nesse período. A região Centro-Oeste foi a que mais apresentou expansão, com de 25%, e Mato Grosso do Sul surpreendeu com um índice de 36,92%. Os dados são de um levantamento feito pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), que desenvolveu um estudo, em parceria com Fundação Getulio Vargas, tendo como base do Caged daquele ciclo de 12 meses.

Ações públicas

Numa demonstração do reconhecimento do peso que o setor tem na cadeia trabalhista, no início do último dezembro o governador André Puccinelli anunciou a ampliação da meta habitacional de 10 mil para 15 mil casas populares por ano. A iniciativa juntou-se à série de medidas que já haviam sido tomadas em prol do crescimento econômico e fortalecimento do o setor produtivo.  A meta do governo com a expansão habitacional é manter e gerar novos empregos tanto na mão-de-obra das construções, como no comércio que gira em torno dessa cadeia produtiva. “Baixamos a pauta fiscal, prorrogamos o pagamento do ICMS, incentivamos os pequenos frigoríficos e vamos também fazer um grande programa habitacional”, anunciou Puccinelli à época.
 
Além do forte apoio à industrialização,  para que Mato Grosso do Sul agregue valor à produção agropecuária, serviços diretos executados pela administração estadual, assim como na área de moradias, contribuem para a empregabilidade.  Dois exemplos: em Dourados, somente as obras de urbanização em 12 bairros, com investimento de R$ 8,9 milhões em drenagem, pavimentação e construção de praças, vão gerar 500 postos de trabalho.
 
Outro grande projeto lançado recentemente, a pavimentação da rodovia BR-359, com recurso do União e próprios do Estado, empregará diretamente cerca de 1.000 trabalhadores.

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