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Mato Grosso do Sul, 25 de abril

O novo Nokia é bom, mas isso pode não chegar

Por Redação
10/09/2012 • 15h41
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 Por fora, o Nokia Lumia 920 é muito parecido com o seu antecessor – o Lumia 900, lançado há cinco meses. Por dentro, a história é outra: apesar de a luta pela liderança no mercado dos smartphones de topo depender mais das aplicações e da facilidade de comunicação entre equipamentos e serviços do que das especificações técnicas dos telemóveis, o Nokia Lumia 920 não deixa de ser – pelo menos no papel, já que só será posto à venda no final do ano – um rival à altura dos melhores.


Uma semana depois de a Samsung ter anunciado o lançamento do Ativ S, com o sistema operativo Windows Phone 8 (antecipando-se ao lançamento de hoje da Nokia), e a uma semana do esperado anúncio do novo iPhone, a marca finlandesa tem agora uma tarefa muito complicada: reconquistar a quota de mercado que tem perdido ao longo dos últimos anos em relação aos seus principais concorrentes e convencer os simpatizantes da Apple e da Samsung e utilizadores dos sistemas operativos iOS e Android de que vale a pena mudar.

Michael Gartenberg, analista da empresa Gartner Inc., explica o desafio que a marca finlandesa e a Microsoft têm pela frente, em declarações ao site da Bloomberg: "Nada vai mudar drasticamente de um dia para o outro. O que a Microsoft e a Nokia têm de fazer é continuar a mostrar capacidade de evolução e de inovação. Juntas, têm todas as peças necessárias para assumir uma posição de destaque no mercado. Agora, têm de explicar por que razão o que é diferente é também melhor. Vão ter de gastar muito tempo e muito dinheiro para explicar isso aos consumidores."

Carregar a bateria sem fios

Para tentar convencer o mercado, a empresa finlandesa juntou ao Windows Phone 8 uma ou outra característica que alguns dos seus rivais mais directos (ainda) não têm. Por exemplo, é possível carregar a bateria do Lumia 920 através de um dispositivo sem fios – vendido separadamente – cujo sistema assenta na norma Qi. Segundo a Nokia, estão em curso acordos com a Virgin Atlantic e a rede de cafés Coffee Bean and Tea Leaf para que os utilizadores possam carregar os seus equipamentos nos espaços destas empresas.

O processador não vem revolucionar o panorama actual, mas está ao nível do Samsung Galaxy SIII ou do HTC One X, com um Qualcomm Snapdragon S4 dual-core que, segundo a marca, é "até 30% mais eficiente em termos de poupança de bateria" do que os quad-core daqueles rivais. O Lumia 920 vem também equipado com NFC (Near Field Communication), algo a que só a Apple tem oferecido resistência entre as principais marcas.

Um dos pontos fortes do Lumia 920 é a sua câmara. Apesar dos rumores que apontavam para 41 megapíxeis (à semelhança do Nokia 808 PureView, lançado no início do ano), a câmara frontal do Lumia 920 tem 8,7 megapíxeis, mas mantém a tecnologia a que a Nokia chama PureView. Jo Harlow, vice-presidente da Nokia para a área dedicada aos smartphones, garante que o sensor tem uma "sensibilidade dez vezes maior à luz" do que qualquer outro modelo à venda no mercado.

Apesar de ter apresentado um smartphone ao nível dos melhores – e até superior em algumas características –, a verdade é que a fasquia da Nokia e da Microsoft estava tão alta que pouco poderiam fazer para agradar aos investidores de um dia para o outro. Pouco depois da apresentação, as acções da Nokia caíram 13% na bolsa de Helsínquia, o que representa a maior queda em apenas um dia desde 14 de Junho. Em comparação, os títulos da marca finlandesa tinham crescido 96% entre 18 de Julho e 27 de Agosto, devido às expectativas criadas à volta dos modelos apresentados esta quarta-feira.

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