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Mato Grosso do Sul, 26 de abril

Ordem dos Advogados do Brasil elege novo presidente nesta quinta

Dois integrantes da atual gestão disputam comando nacional da entidade.

Por Redação
31/01/2013 • 09h51
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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) elege nesta quinta-feira (31) a nova direção da entidade para o triênio 2013-2016. Dois integrantes da atual administração disputam a sucessão de Ophir Cavalcante no comando da associação que representa cerca de 700 mil advogados.

O novo presidente nacional da OAB irá administrar um orçamento anual em torno de R$ 30 milhões, segundo a assessoria da entidade.

Vice-presidente nacional da Ordem, o advogado Alberto de Paula Machado, 51 anos, é um dos postulantes ao cargo. Natural de Curitiba (PR), Paula Machado foi presidente da seccional da OAB no Paraná entre 2007 e 2009.

Graduado em Direito na Universidade Estadual de Londrina, ele é especialista na área trabalhista. Em 2010, chegou ao segundo posto na hierarquia da OAB na chapa que elegeu Ophir Cavalcante presidente da entidade.

O outro concorrente à presidência da Ordem é o advogado Marcus Vinicius Furtado Coêlho, atual secretário-geral. Maranhense, ele fez carreira no Piauí, estado no qual viveu a maior parte de sua vida.

Coêlho exerce, atualmente, o quarto mandato consecutivo como conselheiro federal da OAB na cota da seccional piauiense. Doutor em Direito Processual pela Universidade de Salamanca, na Espanha, ele completa 41 anos nesta quinta.
A eleição dos integrantes da direção do Conselho Federal da Ordem é indireta. A partir das 19h, os 81 conselheiros federais da entidade - cada seccional estadual elege três representantes para o colegiado - vão escolher o novo representante da classe dos advogados. O resultado deve ser divulgado logo após a votação. A posse da nova diretoria da Ordem está marcada para a manhã desta sexta (1º), às 9h, em sessão ordinária do conselho federal.

Histórico

Fundada em 1930, por decreto do então presidente Getúlio Vargas, a Ordem ficou conhecida pela combatividade na luta pela redemocratização do país, durante o regime militar.

Liderada pelo advogado Raymundo Faoro, a OAB se tornou, nos anos de chumbo, uma das principais instituições de combate à repressão política, ao lado da Associação Brasileira de Imprensa.

Em 1980, visada pela insurgência contra o regime, a OAB se tornou alvo de setores contrários à abertura política. Um envelope-bomba enviado ao então presidente, Eduardo Seabra Fagundes, matou a secretária Lyda Monteiro da Silva. O enterro foi transformado em ato político.

Três anos mais tarde, alinhada a partidos e outras entidades, a OAB mobiliza a
campanha das Diretas Já. O movimento reivindicava que as eleições presidenciais de 1984 fossem realizadas pelo voto popular.

Após intensa campanha da OAB pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, em 1988, foi promulgada a nova Constituição. A Carta Magna legitimou a entidade a questionar inconstitucionalidades no Supremo Tribunal Federal.

O último grande ato da Ordem no cenário político nacional ocorreu durante o escândalo que deflagrou a queda do governo Fernando Collor (1990-1992). Diante da série de denúncias de corrupção contra o governo federal, a entidade a protocolou no Congresso o pedido de impeachment contra Collor. 

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