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Mato Grosso do Sul, 19 de abril

Pautas na Câmara não têm viés político contra Poder Judiciário, diz Maia

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também teria feito críticas semelhantes ao Congresso

Por Redação
29/08/2017 • 07h40
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta segunda-feira (28) que nenhuma pauta da Câmara nos últimos meses teve viés político contra nenhum dos Poderes ao comentar declaração do ministro Luiz Fux divulgada pela imprensa de que o Congresso Nacional quer atingir o Judiciário em reação à Operação Lava Jato. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também teria feito críticas semelhantes ao Congresso.

“Tenho tido uma conversa permanente com a presidente [do Supremo Tribunal Federal] Cármen Lúcia. Tem sido um diálogo da melhor qualidade. Qualquer decisão que a gente toma que tenha alguma influência no Supremo ou na PGR [Procuradoria-Geral da República], a gente dialoga e vice-versa. Toda decisão que o Supremo toma que de alguma forma atinge o Poder Legislativo, a gente dialoga e tenta encontrar soluções em conjunto”, disse Maia em declaração a jornalistas, pouco antes de participar de evento da instituição de ensino superior Insper, na capital paulista.

Segundo Maia, o país precisa de mais pessoas que tenham equilíbrio no debate. “É isso que eu tenho tentado fazer, ter equilíbrio para dialogar com os outros Poderes, para encontrar soluções com o Poder Executivo, com o Poder Judiciário”. Maia acrescentou que nenhuma pauta da Câmara nos últimos meses tem viés político contra nenhum dos Poderes.

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“A Câmara tem tido uma agenda que tem uma preocupação grande de diminuir os privilégios no Brasil, de construir o caminho para a retomada da economia, da geração de emprego. O que interessa ao Brasil é que, tanto no poder público como no poder privado, a gente reduza privilégios”, disse, ao afirmar que a votação da Taxa de Longo Prazo (TLP) na semana passada é um passo importante nesse sentido.

Segundo Maia, poucos têm acesso a juros subsidiados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na última quinta-feira (24), a Câmara votou o texto-base da medida provisória (MP) que altera a taxa de juros  praticada pelo banco para a TLP. Falta analisar os destaques ou sugestões de mudanças no texto da MP, antes que ela siga para o Senado, onde deve ser votada até dia 6 de setembro para não perder a validade.

“Nós vamos continuar articulando, tem que votar a TLP, são três destaques, tem a reforma política, que a gente vai fazer uma reunião amanhã (29) com os lideres para tentar construir algum consenso na questão do sistema eleitoral. Eu estou me empenhando pessoalmente para que a gente consiga ter em 2022 o sistema distrital misto”, disse Maia.

Segundo o presidente da Câmara, a questão da cláusula de desempenho e do fim de coligação, referentes à reforma política, “está mais harmonizada”. A previsão dele é que a TLP seja votada na terça-feira (29), e, na quarta-feira (30), a Câmara passe o dia votando essas duas questões da reforma política.

“Nós demos um passo gigante. Se nós conseguirmos avançar na reforma da Previdência, que vai atingir também o setor público e o setor privado, nós vamos também dar um passo gigante [contra] os privilégios. Eu acho que são esses os debates que interessam à sociedade e eu não tenho dúvida nenhuma que esse é o debate que interessa ao ministro Fux, ao doutor Janot, a todos os ministros”, disse.

Questionado sobre sua participação nos debates da Câmara nos próximos dias, em que estará como presidente em exercício, Maia respondeu que a articulação será do deputado André Fufuca, no entanto, não ficará por fora das discussões. “Eu, como presidente em exercício, acho que eu tenho direito de continuar participando dos debates, colaborando, e tenho certeza que a gente vai conseguir avançar numa pauta”, disse.

(Agência Brasil)

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