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Mato Grosso do Sul, 19 de abril

Piso salarial dos jornalistas do Paraná é o maior do país

O piso para a jornada de cinco horas é único em todo o estado, no valor R$ 1.961,81.

Por Redação
03/02/2009 • 16h35
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Levantamento realizado pelo Departamento de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da FENAJ revela que, mesmo com negociações relativas às campanhas salariais do ano passado ainda em andamento, com a conclusão de sua campanha salarial no final de 2008, os jornalistas do Paraná voltaram a liderar o ranking do melhor piso da categoria no Brasil. O estudo revela que, além da reposição da inflação, nas negociações da categoria na maioria dos estados houve ganhos reais em torno de 1,5%.

Com a condução da campanha salarial desenvolvida unificadamente pelos Sindicatos dos Jornalistas do Paraná e de Londrina, o piso para a jornada de cinco horas é único em todo o estado, no valor R$ 1.961,81. O segundo estado com o melhor piso para jornalistas é Alagoas (R$ 1.945,47) e o terceiro é São Paulo (Jornais e Revistas da Capital - R$ 1.738,25).

José Carlos Torves, diretor da FENAJ revela que o levantamento sobre os resultados das campanhas salariais nos estados ainda não está concluído, mas que os dados atualizados sobre os pisos estão disponíveis no site da entidade. “Evidentemente que a análise das campanhas salariais não pode se basear apenas nos pisos, mas na recuperação do poder de compra dos salários e em outras cláusulas sobre condições de trabalho”, pondera.

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Torves destaca, no entanto, que o valor do piso dos jornalistas no Paraná é bastante expressivo em relação à realidade da categoria a nível nacional. “Infelizmente a grande maioria dos jornalistas brasileiros percebe baixos salários e não tem o devido reconhecimento do seu trabalho e da importância de sua função social por parte dos empresários de comunicação”, completa.

O diretor do Departamento de Mobilização da FENAJ contesta os argumentos da crise econômica mundial, utilizados por representantes dos empresários para rejeitar melhores índices econômicos e condições de trabalho nas negociações em campanhas salariais, como na do Ceará, que ainda não foi fechada. “Estão usando a crise econômica como biombo, pois seus efeitos nas empresas de comunicação em 2008 não foram sentidos e a grande maioria teve resultado bastante lucrativo”, diz.

Preocupada em colaborar com as campanhas salariais dos 31 Sindicatos de Jornalistas do Brasil a FENAJ estuda medidas para fortalecer as lutas dos jornalistas. “Uma das medidas possíveis é aprimorar a assessoria econômica aos Sindicatos”, adianta Torves, acentuando que as ações a serem desenvolvidas ainda precisam ser analisadas pela direção da Federação.

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