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Mato Grosso do Sul, 25 de abril

Poluição do ar a longo prazo acelera endurecimento das artérias

Altas concentrações de material particulado fino no ar foram ligadas a espessamento mais rápido da carótida e maior risco de AVC

Por Redação
26/04/2013 • 11h15
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A exposição à poluição do ar a longo prazo está ligada ao endurecimento das artérias e a um maior risco de ataques cardíacos e derrames. É o que mostra pesquisa da Universidade de Michigan, nos EUA.

A pesquisa revela que maiores concentrações de material particulado fino no ar (PM 2,5) foram ligadas a um espessamento mais rápido das duas camadas internas da artéria carótida, que fornece sangue para a cabeça, pescoço e cérebro.

Os resultados mostraram, por outro lado, que a redução da exposição ao material particulado no ar ao longo do tempo foi ligadas a uma progressão mais lenta da espessura do vaso sanguíneo.

O estudo foi publicado na revista PLoS Medicine.

A espessura do vaso sanguíneo é um indicador da quantidade de aterosclerose que está presente nas artérias em todo o corpo, mesmo entre pessoas sem sintomas evidentes da doença cardíaca.

"Nossos resultados ajudam a compreender como é que a exposição à poluição do ar pode aumentar o risco de ataques cardíacos e derrames observados por outros estudos", afirma a líder da pesquisa Sara Adar.

Os pesquisadores acompanharam 5.362 pessoas com idades entre 45 e 84 anos de seis áreas metropolitanas dos Estados Unidos. Os pesquisadores foram capazes de vincular os níveis de poluição do ar estimados na casa de cada pessoa com duas medidas de ultrassom dos vasos sanguíneos, separados por cerca de três anos.

Após o ajuste para outros fatores como o tabagismo, os autores descobriram que, em média, a espessura da carótida aumentou 14 micrômetros a cada ano. Os vasos de pessoas expostas a níveis mais altos de poluição do ar, no entanto, endureceu mais rapidamente do que o das pessoas que vivem na mesma área metropolitana.

"Ligando estes resultados a outros estudos da mesma população sugerimos que pessoas que vivem em uma parte mais poluída da cidade podem ter 2% maior risco de acidente vascular cerebral em comparação com as pessoas de uma parte menos poluída da mesma área metropolitana", explica Adar.

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