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Mato Grosso do Sul, 20 de abril

Quarenta anos do mais duro golpe militar no Brasil

Por Redação
13/12/2008 • 05h50
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Em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, o Ato Institucional nº 5 (AI-5) foi editado, marcando o período mais rígido do governo militar no Brasil. O AI-5 vigorou até dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros. O ato definiu o momento mais duro do regime, dando poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tais considerados.
 O pretexto para a promulgação do AI-5 foi o pronunciamento do deputado Márcio Moreira Alves, do MDB, na Câmara, nos dias 2 e 3 de setembro, lançando um apelo para que o povo não participasse dos desfiles militares do 7 de Setembro e para que as moças, "ardentes de liberdade", se recusassem a sair com oficiais. Com isso, o governo solicitou então ao Congresso a cassação dos dois deputados.
 Seguiram-se dias tensos no cenário político, entrecortados pela visita da rainha da Inglaterra ao Brasil, e no dia 12 de dezembro a Câmara recusou, por uma diferença de 75 votos (e com a colaboração da própria Arena), o pedido de licença para processar Márcio Moreira Alves. No dia seguinte foi baixado o AI-5, que autorizava o presidente da República, em caráter excepcional e, portanto, sem apreciação judicial, a decretar o recesso do Congresso Nacional, intervir nos estados e municípios, cassar mandatos parlamentares; suspender, por dez anos, os direitos políticos de qualquer cidadão e decretar o confisco de bens considerados ilícitos, entre outros atos.
 No mesmo dia foi decretado o recesso do Congresso Nacional por tempo indeterminado - só em outubro de 1969 o Congresso seria reaberto, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici para a Presidência da República.

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