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Mato Grosso do Sul, 19 de abril

Remoção dos ovários antes da menopausa deixa cérebro mais vulnerável ao AVC

Pesquisa revela que tratamento com baixas doses de estrogênio logo após a cirurgia parece reduzir risco de derrame

Por Redação
04/04/2013 • 17h00
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A remoção dos ovários antes da menopausa, ou menopausa cirúrgica, parece deixar o cérebro mais vulnerável ao acidente vascular cerebral (AVC) e aumentar o risco de doença de Alzheimer, de acordo com pesquisadores da Georgia Regents University, nos EUA.

Os resultados indicam que o tratamento com baixas doses de estrogênio logo após a cirurgia parece reduzir essa vulnerabilidade em uma área do cérebro que normalmente não é supersensível ao estresse.

Segundo os pesquisadores, esta resposta robusta ao tratamento apoia a hipótese que sugere baixar a dose de terapia de reposição de estrogênio logo após a remoção dos ovários, ou ooforectomia, em mulheres mais jovens e continuar até os 51 anos, idade média de início para a menopausa.

Estudos anteriores mostraram que as mulheres que perdem estrogênio prematuramente em função da menopausa cirúrgica têm um aumento de duas vezes no declínio cognitivo e demência. "Isso é o que os estudos clínicos indicam e nossos estudos com animais olham para os mecanismos subjacentes que apoiam essa teoria. Queríamos descobrir por que isso está ocorrendo. Nós suspeitamos que é devido à perda prematura do estrogênio", afirma o pesquisador Darrell Brann.

Em um esforço para imitar o que ocorre em mulheres, Brann e seus colegas analisaram ratos 10 semanas após a remoção de seus ovários produtores de estrogênio que receberam terapia de baixa dose de estrogênio imediatamente, iniciaram o tratamento 10 semanas mais tarde ou nunca receberam estrogênio.

Quando os investigadores causaram um acidente vascular cerebral, eles descobriram que os animais tratados com atraso ou não tratados experimentaram mais danos cerebrais, especificamente em uma região do hipocampo chamada CA3 que é normalmente resistente ao AVC.

Para tornar as coisas piores, os ratos não tratados ou tratados tardiamente começaram também uma produção anormal de proteínas relacionadas ao Alzheimer na região CA3.

Ambos os problemas parecem associados ao aumento da produção de radicais livres no cérebro. Na verdade, quando os investigadores bloquearam a produção excessiva, isso aumentou a sensibilidade ao acidente vascular cerebral e reduziu a morte de células na região CA3 do cérebro.

Embora exatamente como ele funcione é desconhecido, o estrogênio parece proteger as fêmeas mais jovens de problemas como derrame e ataque cardíaco. Os seus riscos aumentam após a menopausa.

A equipe ressalta que mais estudos são necessários para ver se a terapia com estrogênio também reduz a sensibilidade à proteína beta amiloide na região CA3, como esperado.

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