O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) publicou nesta sexta-feira (12), o resultado da pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros 2008. Nela (disponível pelo endereço eletrônico www.ibge.gov.br), além dei diversos dados sociais e economicos de todo o País, uma notícia nada animadora ao meio ambiente. A pesquisa aponta que a incidência de ocorrências de impacto ambiental é elevada no país: 90,6% dos municípios brasileiros informaram a ocorrência de impacto ambiental. Mato Grosso do Sul não foge à regra.  Dos 78 municípios do Estado, apenas nove não tiveram alterações ambientais impactantes em 2008. O dado representa um percentual aproximado de 88,46% de municípios que sofreram impactos ambientais no ano passado.
De acordo com a pesquisa, dos problemas ambientais de Mato Grosso do Sul, o mais freqüente é o assoreamento do corpo d’água. Pela pesquisa, 59 municípios (75% do total) tiveram rios, lagos, lagoas e córregos assoreados neste ano.
A segunda maior incidência também está ligada ao recurso hídrico do Estado. A pesquisa aponta que 29% dos municípios apresentam poluição de água.
As outras ocorrências de impacto ambiental informadas pelos municípios do Estado são as seguintes: poluição do ar (22 cidades), escassez do recurso de água (17), contaminação do solo (17) e alteração ambiental que tenha afetado as condições de vida da população (15).
Apesar de todos esses acontecimentos negativos, a maior parte dos municípios tem recursos específicos para a área ambiental. Trata-se de dinheiro vindo de entidades internacionais, de tributos municipais e de colaborações de empresas privadas. Das cidades sul-mato-grossenses, 61 contaram com recursos para o ambiente em 2008.
Esse quadro difere da realidade dominante no país. Conforme o IBGE, apenas pouco mais de 1/3 dos municípios brasileiros dispõe de recursos financeiros específicos para viabilizar ações da esfera ambiental.