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Mato Grosso do Sul, 18 de abril

Sobe para 30 o número de mortes por coronavírus no mundo, diz OMS

Desde setembro do ano passado, doença respiratória já atingiu 50 pessoas

Por Redação
31/05/2013 • 16h59
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Com o registro de três novas mortes pelo coronavírus Mers (sigla para Síndrome Respiratória Coronavírus do Oriente Médio) na Arábia Saudita, sobe para 30 o número de óbitos em todo o mundo pela doença, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (31).

"A Arábia Saudita nos notificou na quinta-feira (30) sobre três novas mortes ligadas ao coronavírus", declarou à imprensa o porta-voz da OMS Glenn Thomas.

As três vítimas eram pacientes já diagnosticados com a doença, informou. Além disso, "um novo caso foi alertado", também na Arábia Saudita, o que eleva para 50 o número de pessoas infectadas em todo o mundo.

No registro anterior, divulgado na quarta-feira (29), a OMS havia registrado 49 casos confirmados em laboratório desde setembro do ano passado, com 27 mortes.

Esse vírus é semelhante ao da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Severa) – que começou na China há dez anos e causou a morte de mais de 800 pessoas em todo o mundo –, mas se diferencia dele por causar insuficiência renal rápida.

A maioria dos casos foi identificada na Árabia Saudita, e também há outros no Qatar, na Jordânia, na Tunísia, nos Emirados Árabes Unidos, na Alemanha, na Grã-Bretanha e na França.

A OMS ainda não sabe qual é a fonte do vírus. Nos próximos dias, a organização pretende enviar duas equipes – uma para a Arábia Saudita e outra para a Tunísia – para investigar melhor essa nova doença.
 
"Ameaça para o mundo inteiro"
Esta semana, a secretária-geral da OMS, Margaret Chan, anunciou que o novo vírus representa uma "ameaça para o mundo inteiro".

O anúncio vem 16 anos após Margaret ter subestimado os riscos da epidemia de gripe aviária (H5N1) em Hong Kong, em 1997. Na época da declaração, quando o surto ainda estava no começo, ela disse para as pessoas não terem medo e chegou a insinuar que comeria carne de frango naquela noite.

Tempos depois, a secretária percebeu a gravidade da doença e incentivou o abate de milhões de aves para interromper as transmissões e evitar um problema maior de saúde pública.

Entre 2002 e 2003, Margaret também atuou nos casos da Sars. Agora, o objetivo é preparar a população para o que pode vir pela frente, o que inclui fazer um alarde excessivo. Esse exagero pode ter um efeito benéfico, ao chamar a atenção do mundo para esse novo vírus e, talvez, aumentar as chances de controlá-lo.

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