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Mato Grosso do Sul, 24 de abril

Suplementação com vitamina D por 10 semanas melhora eficiência muscular

Pesquisa revela, pela primeira vez, ligação entre o nível de vitamina D no organismo e a função musculoesquelética

Por Redação
18/03/2013 • 13h45
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A suplementação com vitamina D pode ajudar a melhorar a função musculoesquelética, de acordo com pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido.

O estudo revela, pela primeira vez, uma ligação entre a vitamina e a eficiência muscular. As descobertas podem explicar o cansaço físico comumente experimentado por pacientes com deficiência de vitamina D, com amplas implicações para uma grande parte da sociedade.

A vitamina D é um hormônio produzido na pele usando energia da luz solar, e, em menor medida derivado de fontes dietéticas. A deficiência de vitamina D é um problema de saúde pública, com casos em ascensão. O hormônio é essencial para a boa saúde dos ossos.

Juntamente com má saúde óssea, fadiga muscular é um sintoma comum em pacientes com deficiência de vitamina D. Esta fadiga pode ser devido a um problema na mitocôndria: as células de energia do corpo. A mitocôndria usa oxigênio e glicose para produzir energia de uma forma que pode ser usada para produzir uma molécula rica em energia chamada ATP. As células musculares precisam de grandes quantidades de ATP para o movimento e elas usam fosfocreatina como fonte de energia pronta e disponível para produzir ATP. A mitocôndria também reabastece a célula com fosfocreatina após a contração muscular. A medição do tempo necessário para reabastecer a fosfocreatina é uma medida da eficiência mitocondrial: melhor função mitocondrial está associada com um menor tempo de recuperação de fosfato.

A equipe de pesquisadores, liderada por Akash Sinha, investigou o tempo de recuperação de fosfato em pacientes com deficiência de vitamina D.

Eles empregaram um exame de ressonância magnética para medir a dinâmica de fosfato em resposta ao exercício nos músculos da panturrilha de 12 pacientes com severa deficiência de vitamina D, antes e após o tratamento com vitamina D. Esta é a primeira vez que um estudo deste tipo foi realizado.

Os pesquisadores descobriram que a recuperação da fosfocreatina melhorou significativamente após os pacientes receberem uma dose fixa de vitamina D oral por 10 a 12 semanas. Todos os pacientes relataram uma melhora nos sintomas da fadiga após a suplementação.

Em um estudo paralelo, o grupo demonstrou que os baixos níveis de vitamina D foram associados com a função mitocondrial reduzida.

Segundo os pesquisadores, o estudo mostra, pela primeira vez, que os níveis de vitamina D são correlacionados com a eficiência muscular, e que o metabolismo muscular aeróbico melhora com a suplementação de vitamina D.

Enquanto este é um estudo pequeno, ele estabelece uma prova clara de princípio e, pela primeira vez, uma ligação entre a vitamina D e mitocôndrias. Os mecanismos subjacentes a este efeito são um caminho para futuras pesquisas pelo grupo, que também visam estabelecer se a suplementação de vitamina D poderia reduzir a fragilidade em idosos ou melhorar a capacidade de exercício dos atletas.

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