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Mato Grosso do Sul, 25 de abril

Taxa de desemprego tem leve queda em dezembro em seis regiões

De acordo com a pesquisa, o contingente de desempregados nas seis regiões foi estimado em 2.545 mil pessoas

Por Redação
28/01/2009 • 14h31
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A taxa de desemprego nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal caiu de 13% em novembro para 12,7% em dezembro, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), divulgada hoje (28), em São Paulo. Ainda segundo o levantamento, a taxa de desemprego caiu 15,5% em 2007 para 14,1% em 2008.

De acordo com a pesquisa, o contingente de desempregados nas seis regiões foi estimado em 2.545 mil pessoas, 78 mil a menos no que no mês anterior. Os dados indicam que esse resultado se deve à criação de 29 mil postos de trabalho e à saída de 49 mil pessoas do mercado de trabalho. O total de ocupados nessas regiões foi de 17.557 mil pessoas e a População Economicamente Ativa (PEA), 20.102 mil.A PED indica que o nível de ocupação aumentou no setor de comércio, com 100 mil novas ocupações, crescimento de 3,6%, e na construção civil, com 28 mil novas vagas, ou aumento de 2,8%. O setor de serviços variou negativamente, com a criação de 38 mil novas vagas, ou 0,4%, e a indústria diminuiu o número de contratações, com 31 mil ou 1,1%. Também houve diminuição no setor agregados, com 30 mil ou 2,0%.

Segundo o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, o setor de comércio foi responsável pela melhoria das taxas de desemprego em dezembro, porque nesse período sempre há um incremento dos postos de trabalho. “Esse ano, nós tivemos o mesmo comportamento, com uma geração significativa de postos de trabalho nesse setor, apesar do trabalho autônomo e temporário, mas o importante é que resultou na queda da taxa de desemprego”.

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Com relação ao ano de 2008, o contingente de desempregados foi estimado em 2.812 mil pessoas, 190 mil a menos do que em 2007. Com isso, a taxa de desemprego diminuiu de 15,5% em 2007 para 14,1% em 2008. Durante todo o ano passado foram geradas 804 mil novas vagas, número que, segundo a pesquisa, foi suficiente para absorver as 613 mil pessoas que entraram para o mercado de trabalho. Em 2008, o total de ocupados nas seis regiões analisadas foi de 17.150 mil pessoas e a PEA foi de 19.962 mil.

“Dois mil e oito foi o melhor dos últimos anos em termos de performance do mercado de trabalho, com ocupação gerada em intensidadeforte, absorvendo um incremento de pessoas que chegaram ao mercado de trabalho e com posse de trabalho formal, com carteira assinada, o que dá garantia, confiança e estabilidade aos trabalhadores e tem reflexos no mercado de consumo”, disse Ganz Lúcio. 

Segundo o Seade-Dieese, a taxa de desemprego diminui 9,8% em Belo Horizonte; 11,2% em Porto Alegre; 13,4% em São Paulo; 16,6% no Distrito Federal; e 20,3% em Salvador. Em Recife, ela ficou estável em 19,6%. O nível de ocupação cresceu em todas as regiões. Em Porto Alegre, 7,0%; no Distrito Federal, 6,1%; em Recife, 5,5%; em Belo Horizonte, 5,0%; em São Paulo 4,6%; e em Salvador, 2,7%.

Em 2008 os setores que se destacaram foram o da construção civil, com 90 mil novas vagas (10,3%); serviços, com a criação de 466 mil novas ocupações (5,3%); indústria, com aumento de 5,0% ou 130 mil novos postos de trabalho, e comércio com 129 novas vagas, aumentando em 4,8% com relação ao ano anterior. 

Ganz Lúcio avaliou que o desemprego no primeiro trimestre do ano de 2009 tem um comportamento sazonal que aumenta a taxa de desemprego, mesmo com crescimento econômico. “Provavelmente em 2009 nós observaremos um crescimento um pouco maior decorrente do impacto da crise internacional. É provável que os setores de comércio e serviços apresentem um efeito maior”.

Ele disse ainda que Belo Horizonte pode sentir mais esses efeitos devido à sua dependência da indústria, que é fortemente vinculada à exportação. “A indústria como um todo já refletiu em dezembro. Há um reflexo sazonal, mas esse comportamento também ocorre agora por influência da crise”.

De acordo com Ganz Lúcio, é difícil prever qual a região mais afetada pela crise econômica global no começo deste ano. “Ainda é muito difícil identificar qual é a diferença entre o desemprego causado pela sazonalidade e o que é causado pela crise. Podemos dizer que é natural que houvesse um incremento de um ponto percentual na taxa de desemprego nos primeiros meses do ano. Agora, vamos ter que observar para quanto ela cresceria e a diferença poderá refletir o que a crise trará de agravamento ao mercado de trabalho”.

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