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Mato Grosso do Sul, 25 de abril

Transplante de células cerebrais cura epilepsia em modelo animal

Células injetadas inibem sinalização em circuitos hiperativos no hipocampo e podem controlar formas humanas graves da condição

Por Redação
06/05/2013 • 13h15
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Cientistas da Universidade da California, San Francisco, nos EUA, controlaram convulsões epilépticas em ratos com um transplante de células cerebrais.

As células transplantadas inibem a sinalização em circuitos nervosos hiperativos no hipocampo, região do cérebro associada a convulsões, bem como à aprendizagem e memória.

A terapia celular aumenta as esperanças para a cura de formas humanas graves da condição.

"Nossos resultados são um passo encorajador em direção ao uso de neurônios inibitórios para o transplante de células em adultos com formas graves de epilepsia. Este procedimento oferece a possibilidade de controlar as convulsões e resgatar déficits cognitivos em pacientes", afirma o líder da pesquisa Scott C. Baraban.

O trabalho aparece na revista Nature Neuroscience.

Durante crises epilépticas, contrações musculares extremas e, muitas vezes, uma perda de consciência podem levar pessoas que têm convulsões a perder o controle, cair e às vezes ficarem gravemente feridas. O mal funcionamento invisível por trás destes efeitos é a ignição anormal de muitas células nervosas excitatórios no cérebro, ao mesmo tempo.

As células inibitórias transplantadas extinguiu este síncrono, eliminando convulsões em metade dos ratos tratados e reduzindo drasticamente o número de convulsões espontâneas no restante.

Em outro passo encorajador, os pesquisadores relataram ter encontrado uma maneira confiável de gerar células MGE como humanas em laboratório e que, quando transplantadas em ratos saudáveis, essas células agiram de forma semelhante às células nervosas inibidoras funcionais.

Em muitas formas de epilepsia, perda ou disfunção de células nervosas inibitórias no interior do hipocampo desempenham um papel crítico. Células MGE são células progenitoras que se formam mais cedo no embrião e são capazes de gerar células nervosas maduras chamadas interneurônios inibitórios. No estudo, as células MGE transplantadas de embriões de camundongos migraram e substituíram as células que falham na epilepsia.

"Este é o primeiro relatório de um rato modelo de epilepsia em que ratos adultos que já estavam tendo convulsões pararam de ter convulsões após o tratamento", conclui Baraban.

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