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Mato Grosso do Sul, 20 de abril

Tratamento experimental utiliza açúcar para promover cicatrização de feridas

O açúcar tira a água presente na ferida e impede que bactérias se multipliquem, acelerando o processo de cura

Por Redação
18/02/2013 • 14h00
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 Estudo realizado no Reino Unido mostrou que despejar açúcar granulado diretamente sobre feridas, como úlceras, e até mesmo amputações promove a cura quando antibióticos e outros tratamentos falharam.


O açúcar tira a água presente na ferida e impede que bactérias se multipliquem, acelerando o processo de cura.

A pesquisa é liderada por Moses Murandu, professor de enfermagem na Wolverhampton University, que cresceu no Zimbabwe, onde seu pai costumava usar açúcar para curar feridas e reduzir a dor, quando ele era criança.

Quando Murandu mudou-se para o Reino Unido, ele percebeu que o açúcar não era usado com esse fim.

Agora, ele está realizando um estudo de pequeno porte sobre a eficácia de açúcar, quando usado em pacientes hospitalares com feridas, como escaras, úlceras de perna e até amputações.

Um dos pacientes que recebem o tratamento como parte da pesquisa é Alan Bayliss, internado em um hospital em Birmingham.

Alan foi submetido a uma amputação acima do joelho na perna direita devido a uma úlcera em janeiro de 2013, e como parte da cirurgia a veia foi removida de sua perna esquerda.

No período pós-cirúrgico, Bayliss recebeu curativos padrão, mas a ferida na perna esquerda não foi curada de maneira eficaz. Enfermeiros contataram Moses e o paciente começou a receber o tratamento com açúcar.

Dentro de duas semanas, a ferida estava drasticamente reduzida em tamanho e está curando bem.

Quando Moisés fez o primeiro curativo ele usou quase todo o pote de açúcar, mas duas semanas depois ele só precisava usar 4 ou 5 colheres de chá. "Estou muito satisfeito de fato. Eu sinto que ele acelerou muito minha recuperação. Eu era um pouco cético no início, mas uma vez que eu vi o açúcar em ação, eu fiquei impressionado", afirma Bayliss.

Até agora, 35 pacientes receberam o tratamento com sucesso, sem efeitos adversos relatados.

"É muito gratificante para mim ver os resultados, especialmente agora que os enfermeiros são capazes de assumir e administrar o tratamento depois de eu ter feito a avaliação inicial, e também ver que os pacientes estão experimentando os benefícios", conclui Murandu.

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