"Está claro que os serviços da Polícia Federal, cuja essencialidade à manutenção da ordem pública é indiscutível, encontram-se significativamente prejudicados", escreve a desembargadora em sua decisão de ontem. “Não resta dúvida acerca da vulnerabilidade em que se encontram os destinatários do serviço público a cargo da Polícia Federal, que deve, enquanto prestação estatal exigível, ser continuamente oferecido à população brasileira.”
"Recebemos essa decisão [do TRF4] com tranquilidade e indignação. Tranquilidade porque já a esperávamos, indignação porque é uma decisão política, que não leva em conta o direito de greve", disse o presidente do Sinpef-PR, Fernando Augusto Vicentine, em entrevista.“Não cometemos irregularidade alguma, não há ameaça à ordem pública. A desembargadora simplesmente não analisou os nossos argumentos.”
Segunda-feira (10), a categoria protestou na cidade de Cascavel, no Paraná, com uma doação coletiva de sangue. Hoje, policiais federais em greve estenderam uma faixa com a frase "Reestruturação Já" em uma das passarelas das Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu. Amanhã, pelo menos 50 policiais farão doação de sangue em Curitiba. A última greve nacional da PF ocorreu em 2004 e durou cerca de dois meses.