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Mato Grosso do Sul, 25 de abril

Uso regular de analgésicos aumenta risco de disfunção erétil

Mais de 19% dos homens que tomaram altas doses de opioides por 4 meses precisaram de reposição hormonal e drogas para impotência

Por Redação
16/05/2013 • 17h59
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Tomar analgésicos regularmente está associado a um maior risco de disfunção erétil em homens, de acordo com pesquisadores da Oregon Health & Science University, nos EUA.

A pesquisa revela que mais de 19% dos homens que tomaram altas doses de opioides por pelo menos quatro meses receberam prescrição de reposição de testosterona e medicamentos para disfunção erétil em comparação com menos de 7% dos homens que não tomam opioides.

"Os homens que tomam analgésicos opioides por um longo período de tempo têm o maior risco de disfunção erétil. Isso não significa que esses medicamentos causam disfunção erétil, mas a associação é algo que pacientes e médicos devem estar cientes quando decidir se esses medicamentos devem ser usados para tratar a dor nas costas", afirma o principal autor do estudo Richard A. Deyo.

O uso de opioides está crescendo nos EUA. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), as vendas de opioides prescritos quadruplicaram entre 1999 e 2010. Os opioides utilizados mais vulgarmente são hidrocodona, oxicodona e morfina.

"Não há dúvida de que, para alguns pacientes o uso de opioides é apropriado, mas também há cada vez mais evidências de que o uso a longo prazo pode causar dependência, overdoses fatais, apnéia do sono, quedas em idosos, diminuição da produção de hormônios, e agora disfunção erétil", observa Deyo, que passou mais de 30 anos estudando tratamentos para dor nas costas.

A equipe de pesquisa identificou 11.327 homens em Oregon e Washington que visitaram seus médicos para dor nas costas ao longo de 2004. Os pesquisadores examinaram os registros de farmácia dos homens seis meses antes e depois da consulta para descobrir se eles tinham recebido prescrições de opioides, medicamentos para disfunção erétil ou reposição de testosterona.

Os resultados mostraram que mais de 19% dos homens que tomaram altas doses de opioides por pelo menos quatro meses também receberam medicamentos para disfunção erétil ou reposição de testosterona. Mais de 12% dos homens que tomaram opioides em baixas doses durante pelo menos quatro meses também receberam reposição de testosterona. Menos de 7% dos homens que não tomaram medicamentos opioides receberam reposição hormonal e medicamentos para disfunção erétil.

Os pesquisadores descobriram que a idade foi o fator mais significativamente associado com a prescrição de reposição de testosterona. Homens de 60 a 69 foram 14 vezes mais prováveis de receber prescrições do que aqueles entre 18 e 29 anos.

Mesmo depois que os pesquisadores ajustaram fatores de risco, o uso de opioides a longo prazo aumentou a probabilidade de receber prescrições de medicamentos para disfunção erétil em 50%.

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