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Mato Grosso do Sul, 20 de abril

Papa participa de encontro entre católicos e muçulmanos

Segundo uma nota oficial, o Papa expressou sua "satisfação e encorajamento" para o diálogo inter-religioso

Por Redação
17/12/2008 • 15h39
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O papa Bento XVI se encontrou nesta quarta-feira, 17, em Roma, ao final da celebração da audiência geral, com os participantes do 11° Encontro de Líderes Religiosos católicos e muçulmanos, promovido pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e pela World Islamic Call Society, com sede em Trípoli, na Líbia.

Segundo uma nota oficial, o Papa expressou sua "satisfação e encorajamento" para o diálogo inter-religioso.

Com o tema "Responsabilidade dos líderes religiosos em tempo de crise", o evento, iniciado na última segunda-feira, 15, e que se encerra nesta quarta-feira, 17, contou com a participação de 12 personalidades e especialistas do mundo católico e 12 do mundo muçulmano.

No encontro, que foi presidido pelo cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, e por Mohamed Ahmed Sherif, secretário-geral da World Islamic Call Society, ficou estabelecido que a próxima edição do evento será realizada dentro dos próximos dois anos em Trípoli.

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Os líderes religiosos, segundo o acordo ao qual chegaram, também têm uma responsabilidade com os jovens, aos quais têm que prestar atenção para que não sejam vítimas de "fanatismo religioso e se radicalizem".

Os católicos e muçulmanos reunidos no Vaticano defenderam uma "boa educação" dos jovens para que sejam construtores de paz.

Na mesma linha de outras reuniões, os líderes religiosos católicos e muçulmanos reiteraram que devem se comprometer para evitarem que a religião seja usada para justificar a violência.

Criada em 1976, mas regularmente realizada só a partir de 1989, a reunião ocorre em lugares diferentes a cada edição.

Antes, durante a audiência geral realizada que contou com a presença dos participantes do encontro inter-religioso, Bento XVI abordou em especial o significado do Natal, defendendo que a data convida as pessoas a refletir sobre as crianças que nascem "em grande pobreza", as "rejeitadas", as que precisam de cuidado e atenção e as famílias que desejam ter um filho, mas não podem.

Segundo o Pontífice, o Natal "é um evento que fala ao coração, é a festa que fala do dom da vida: o nascimento de uma criança é sempre um evento que trás riqueza, e um abraço de um recém-nascido causa comoção e ternura".

O Papa também afirmou que "o consumismo faz o significado espiritual do Natal se perder ao reduzi-lo às compras", mas que a crise econômica mundial, "que afeta tantas famílias", pode ser um estímulo para restituir "o calor, a simplicidade, a amizade e a solidariedade, que são os valores típicos do Natal".

Também aproveitou a ocasião para pedir a todos os cristãos que montem seus presépios, pois eles são uma "sugestiva representação do mistério da natividade de Cristo", um "elemento importante não só de nossa fé, mas também da cultura e da arte cristã".

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