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Campo Grande, 24 de abril

Administrativos da educação vão parar a partir de terça-feira em MS

Servidores rejeitaram reajuste de 3,04% proposto pelo governo e aprovado por deputados; categoria quer incorporação de abono

Por Ronie Cruz
07/04/2018 • 10h31
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Servidores de setores administrativos da rede estadual de ensino vão paralisar o trabalho a partir da próxima terça-feira (10). A categoria decidiu pela greve após assembleia geral realizada nesta sexta-feira (6), rejeitando proposta do governo de reajuste salarial de 3.04 %, aprovado  na véspera por deputados estaduais. 

Por unanimidade, os trabalhadores votaram pela paralisação e rejeição da negociação que findou na quinta-feira (5) com a aprovação da proposta do Executivo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. “O que o administrativo não admite é ficar com apenas 3,04%, que foi o reajuste linear, mas continuar com o salário abaixo do salário mínimo de a referência de carreira”, afirmou o presidente da Fetems, Jaime Teixeira.

O governo informou que avalia a situação e aguarda o comunicado oficial da greve pela Fetems. O líder do governo na Assembleia Legislativa, Rinaldo Modesto (PSDB), disse que o governo trabalha para atender as reivindicações dentro das limitações existentes.

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A greve deve durar 20 dias no estado, conforme anunciado durante a assembleia na sede da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), em Campo Grande. Aproximadamente 600 pessoas participaram do encontro, conforme a organização. 

A assembleia ocorreu um dia depois de os deputados estaduais aprovarem o projeto de lei que incorpora o abono salarial dos servidores públicos a partir de 2019. A categoria exige a incorporação imediata do abono, além da reformulação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos servidores administrativos da educação de Mato Grosso do Sul.

Segundo o texto aprovado pelos deputados em regime de urgência na última semana, o abono de R$ 200 será incorporado aos salários em março do ano que vem. Mas há uma condição. O valor só será incluído definitivamente nos rendimentos dos servidores se o então governo estiver com os gastos com o funcionalismo dentro dos limites prudenciais previstos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Para o deputado estadual Pedro Kemp (PT), a insatisfação dos servidores compreensível considerando os reajustes concedidos pelo governo nos últimos anos. “No primeiro ano foi um reajuste zero, no segundo foi um abono de R$ 200 e no terceiro foi um reajuste de 2,94%. Agora, 3,04% e a promessa de incorporar o abono em 2019”, apontou o deputado.

Jaime Teixeira acredita que o governo ainda há tempo para que o governo atenda a categoria dentro da legalidade. “Esta história de que o governo não pode negociar depois do dia 6 de março é meia verdade. A lei veda que o governo dê reajuste geral. Mas a própria legislação permite que até o dia 30 de junho algumas carreiras individualmente possam ser alteradas”, finalizou Teixeira.

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