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Campo Grande, 26 de abril

Após aumento superior a 100% do repasse, programa vai focar no esporte paralímpico

O investimento total para as bolsas do processo 2020/2021 será de R$2,8 milhões

Por Isabelly Melo
09/03/2020 • 09h57
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Na última sexta-feira (06) a Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte) se reuniu com atletas e técnicos do Estado para debater sobre as regras e questões operacionais do Programa Bolsa Atleta. O debate, que durou mais de quatro horas, reuniu aproximadamente 600 pessoas entre atletas, técnicos, pais, secretários municipais de esportes, representantes de federações desportivas, prefeitos, deputados estaduais e federais, e vereadores de diversos municípios.

O benefício, que é executado em Mato Grosso do Sul desde 2015, terá um aumento superior a 100% neste ano, chegando a R$2,8 milhões. Com o aumento do repasse, que antes era de R$1,36 milhões, o programa terá mais bolsas disponíveis, além de atender melhor os atletas paralímpicos.

Além dessas novidades o encontro foi majoritariamente destinado a ouvir a comunidade esportiva do Estado, contando com a presença de atletas, técnicos, representantes de federações, da assembleia legislativa, da câmara municipal, prefeituras e da Fundesporte.

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Alguns dos problemas mais pontuados pela fundação no momento da inscrição dos possíveis bolsistas foram a inserção de documentos errados ou ilegíveis, falta de assinatura nas declarações e a falta de acompanhamento dos processos para garantir o benefício.

Em relação aos atletas e técnicos os principais questionamentos foram em torno da inscrição, que em grande parte já foi solucionada após o processo passar a ser online, em 2017, sem a necessidade de comparecer presencialmente para realizar a inscrição. Outro ponto abordado foi a falta de informação nas cidades do interior, questão que segundo o presidente da Fundesporte, Marcelo Miranda, está sendo resolvida.

Durante o evento, Marcelo destacou que o esporte paralímpico é o principal foco da Fundesporte no processo seletivo deste ano, afim de valorizar a categoria que mais se destaca a nível nacional em competições de bocha, futebol de sete, judô e outros.

Um dos atletas contemplados pela bolsa, e que faz parte do esporte paralímpico, é o judoca Luan Simões, de 22 anos, que disputa na baixa visão até 73kg. Com excelentes índices, como uma medalha de ouro nos jogos de Lima no Peru, Luan vê a bolsa como um suporte para crescer ainda mais no esporte.

A proposta apresentada pela Fundesporte durante a reunião também inclui o aumento das categorias de bolsas, passando de cinco, para dez, sendo elas: bolsa atleta estudantil, universitário, nacional, nacional paralímpico, pódio complementar, pódio complementar paralímpico, internacional, internacional paralímpico, bolsa técnico um e técnico dois.

Agora, a Fundação irá avaliar todas as sugestões feitas afim de colocar em vigor uma nova regulamentação para o programa bolsa atleta, que tem até o momento 190 bolsas distribuídas entre técnicos e atletas, mas que a partir da mudança e com o novo orçamento passará para 265 bolsas no total.

De acordo com Domingos Sávio, gerente da Unidade Pedagógica de Formação da Fundesporte, as mudanças vislumbram reforçar o investimento e o incentivo do esporte universitário afim de que os atletas sigam treinando sem abrir mão dos estudos.

Além disso, Domingos reforçou que o principal objetivo da Fundesporte é manter os atletas dentro do Estado, diminuindo a saída de promessas do esporte estadual para outros estados e até países.

Ouça a reportagem na íntegra:

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