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Campo Grande, 26 de abril

Campo-grandenses planejam pagar por vacina que nem chegou as clínicas

Responsável de uma clínica da Capital garante que não há expectativa das clínicas receberem a vacina contra a covid-19 antes do início do Plano Nacional de Imunização

Por Isabelly Melo
05/01/2021 • 11h03
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Mais aguardado que a chegada do novo ano, é a liberação da vacina contra a Covid-19 no Brasil. Com a incerteza do Plano Nacional de Imunização, que ainda não foi detalhado pelo Ministério da Saúde, iniciou-se as especulações sobre a aplicação da vacina em clínicas particulares.

Porém, é preciso ficar atento e colocar a razão a frente a euforia. Conforme a enfermeira responsável da Vaccine Care, clínica de vacinação de Campo Grande, Nataly Corrêa, não há confirmação e até mesmo nem possibilidade de a vacina chegar primeiro em clínicas particulares.

“Nesse primeiro momento não há possibilidade (da vacina chegar em clínicas particulares). O acordo é que não vai chegar para a gente, vai atender primeiro os órgãos públicos. Então, eu não acredito que para mês que vem, como estão divulgando, chegue para as clínicas particulares. Eu tenho quase certeza que não chega”, afirma Nataly.

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Durante os últimos dias, a informação de que o responsável pela aquisição de vacinas em clínicas particulares estaria indo a Índia para adquirir o imunizante feito por lá, gerou expectativa de que a vacina chegasse rápido ao brasil. O que segundo Nataly não deve acontecer, já que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) precisa antes aprovar o imunizante, que nem mesmo passou pela fase três nos testes.

“Essa vacina que eles estão tentando negociação não está liberada, ela foi liberada emergencialmente para vacinar a Índia. Então assim, ela precisa apresentar os estudos da fase três, para ser aprovada lá na Índia e posteriormente quando chegar no Brasil ser liberada pela Anvisa. Então assim, parece um caminho curto, mas as vezes é demorado”, explica a enfermeira.

Pazuello afirmou ser a favor do uso emergencial da vacina, mas que "é preciso ter cautela e respeito pela Anvisa".  Foto: Agência Brasil

Portanto, resta esperar a aprovação final da Anvisa sobre as vacinas que já passaram pela fase final de teste, como ocorreu com a Pfizer, e ainda o plano nacional de vacinação do ministério da saúde, pois segundo o secretário da pasta, general Eduardo Pazuello, a vacinação começará pela rede pública. "Independentemente da quantidade da vacina, ela será distribuída igualitariamente dentro da proporcionalidade dos estados", disse Pazuello em entrevista a TV Brasil.

Mas enquanto o plano nacional de vacinação não é divulgado, brasileiros já fazem plano de comprar a vacina. Como a confeiteira, Bruna Lozano, “Até uns R$200/250 eu pagaria. Para mim, para o meu esposo e para o meu filho, em vista da demora do SUS em fornecer essa vacina. Se continuar demorando e no particular tiver disponibilidade, eu estaria disposta a pagar sim.”

A empresária Thielly Tiickmantel também pretende pagar pela imunização, independente da origem da vacina “A minha família toda já pegou, eu tenho uma filha pequena, meu pai ficou internado, então eu acho que o quanto antes resolver esse problema, melhor. E eu não me importo de onde vem, sendo que ela traga a solução para o problema eu acho que tomaria sim”, afirmou a campo-grandense.

Não há confirmação de que as clínicas particulares irão receber a vacina no próximo mês, muito menos antes do sus. A procura existe, assim como a expectativa por parte das clínicas, contudo não há nada certo. Ouça a reportagem completa:

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