Uma audiência pública realizada nesta sexta-feira (23) na Câmara de Campo Grande debateu a concessão de áreas para a instalação de indústrias na capital. A preocupação é com o desenvolvimento sustentável no atual cenário de industrialização do município. O encontro que envolveu parlamentares, representantes do Executivo, do setor industrial e da classe trabalhadora também discutiu os desafios do Programa de Incentivo para o Desenvolvimento Econômico e Social (Prodes), criado em 1999.
O debate foi convocado pela Comissão Permanente de Meio Ambiente da Casa. “No Plano Diretor, temos algumas dificuldades a respeito de doações e concessões feitas por meio do Prodes”, destacou o vereador Lívio de Oliveira Leite (PSDB).
Outro tópico debatido foi o tempo de análise das propostas de empreendimentos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande (Sedesc).
O consultor empresarial Edson Silva disse que, de 29 processos apresentados à pasta em 2017, nenhum teve andamento. “Em 2018, de 65% dos projetos aprovados pela Sedesc quase 50% estão sob a nossa consultoria. Estima-se que esses projetos possam gerar mais de mil empregos”, disse.
Na secretaria, os projetos passam por verificação de viabilidade ambiental. Depois, são encaminhadas para a Câmara e, por fim para análise final do município.
A demora está relacionada à análise técnica, conforme defendeu o assessor jurídico da Sedesc Tulio Brandão. Ao final da audiência, um documento foi elaborado pela comissão e os convidados com as reivindicações apresentadas na audiência para posteriores esclarecimentos e soluções junto ao município.