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Campo Grande, 19 de abril

Confiança do empresário do comércio atinge menor índice da série histórica, revela CNC

Para 57% da classe, as condições do consumo e do próprio negócio pioraram muito

Por Marcus Moura/ CBN
30/06/2020 • 16h47
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A confiança do empresário do comércio de Campo Grande atingiu o menor índice da série histórica da ICEC (Índice de Confiança do Empresário do Comércio), que começou a ser medida em março de 2011. Os dados são da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

A zona positiva, segundo metodologia da pesquisa, começa com 100 pontos. A taxa de confiança dos empresários comerciários ficou em 72,6 pontos em junho, muito abaixo do considerado bom. Desde o início da crise econômica causada pela pandemia da COVID-19 o índice registra queda. Em maio, o ICEC chegou a 81,8 pontos.

Até o atual levantamento, o pior resultado para a confiança empresarial havia sido em novembro de 2015, quando atingiu 81,2 pontos. “Isso se deve ao ritmo lento de recuperação das vendas no varejo, porque mesmo com o comércio atendendo normalmente os consumidores estão cautelosos, tanto em função do contágio, quanto pelo medo do desemprego. A incerteza na economia gera esse sentimento de insegurança, tanto no empresário, como no consumidor”, avalia a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias.

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Em relação ao mês de maio, a queda na confiança foi de -7,8%, já em comparação com o mês de junho de 2019, de -43,1%. Entre os destaques do Índice, está a piora significativa da condição atual da economia brasileira para 67,8% dos empresários que participaram do levantamento. Além disso, para 57% piorou muito as condições do comércio e do próprio negócio.

Investimentos

O IIEC (Índice de Investimentos do Empresário do Comércio) também registou retração considerável de 36,5%, em relação a junho de 2019. O índice saiu de 112,9 pontos no ano passado para 71,7 pontos agora. Receosos com a crise, os empresários também colocaram o pé no freio quando o assunto é contratação, conforme revela o IC (Indicador de Contratação de Funcionários), que saiu de 123,1 pontos em junho do ano passado para 60,1 pontos agora (-51,2%).

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