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Campo Grande, 20 de abril

Convênio garante residência médica para alunos da UFMS em Três Lagoas

Acordo de cooperação foi assinado nesta sexta-feira na sede do governo estadual em Campo Grande

Por Ronie Cruz
20/01/2018 • 09h48
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A preocupação dos acadêmicos de Medicina do campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de Três Lagoas em relação ao impasse envolvendo a residência médica pode ter chegado ao fim. Pelo menos por enquanto. Um convênio entre o governo de Mato Grosso do Sul, a UFMS e o Hospital Auxiliadora deve garantir que estudantes façam o estágio. O acordo de cooperação foi assinado nesta sexta-feira (19) na sede do governo estadual em Campo Grande. 

A assinatura saiu após pressão dos acadêmicos, que até então estavam sem lugar definido para o internato - estágio obrigatório para a conclusão do curso.  O estudante Antônio Neto, da primeira turma de Medicina, disse que está aliviado. “Nossa preocupação sempre foi em terminar o curso sem um treinamento e um ensino adequados, porque, quando estivermos formados queremos prestar um atendimento digno e satisfatório aos pacientes na região de Três Lagoas”, disse.

O curso foi criado em 2014, quando o governo do Estado prometeu finalizar as obras do Hospital Regional a tempo de os estudantes fazerem o estágio na unidade. No entanto, a menos de um ano para começarem o período de residência, os acadêmicos ainda não contavam com uma estrutura adequada às exigências do estágio, já que o hospital público está inacabado. 

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A governadora em exercício Rose Modesto (PSDB) afirmou que o hospital deve ser concluído em 2019. “É uma obra que deve demorar mais ou menos um ano para ser entregue. Ou até um pouco mais. E ter o Hospital Auxiliadora como hospital escola é muito importante”, afirmou.

ESTUDANTES
O convênio tem duração de onze meses, mas pode ser renovado. Com o acordo, os envolvidos esperam beneficiar pelo menos 360 estudantes. Para o estágio no Auxiliadora - mantido por iniciativa público-privada - está previsto um investimento de R$ 300 mil, sendo R$ 150 mil do governo e R$ 150 mil de emenda parlamentar. Além disso, deve haver contrapartida da prefeitura de Três Lagoas. O deputado estadual Eduardo Rocha (MDB) comemorou o acordo. “Fiquei muito satisfeito porque resolveu de vez o problema e possibilitou voltar a ter o vestibular de Inverno, agora em junho, em Três Lagoas”, disse. 

O secretário estadual de Saúde, Carlos Coimbra, disse que a finalidade do acordo é “promover a oportunidade para que esses alunos concluam e façam as práticas para a conclusão do curso”.
O diretor do hospital, Marco Calderon, disse que falta transformar a unidade em hospital escola, o que permitiria que a unidade recebesse investimentos federais. “Uma portaria ministerial sofreu uma modificação que, no momento, não permite inscrições de novos hospitais”, revelou. 

 

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