O percentual de famílias endividadas cresceu de 62,7% para 65,7% de março para abril em Campo Grande, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este é o terceiro aumento seguido do índice.

 Ao todo, são 207.227 famílias campo-grandenses que possuem dívidas, seja com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros. Do total, 10 quase 10 mil ficaram endividadas somente em abril.

Ainda segundo o levantamento, 34,5% são contas atrasadas e 14,2% dos que responderam não terão condições de pagar. Os muito endividados somam 14,7%, os pouco endividados 27,3% e os que não possuem dívidas são 34,3%.

A economista da Federação do Comércio do Estado (Fecomércio MS), Daniela Dias, o aumento das dívidas se deve à instabilidade causada pela pandemia.

“Ainda estamos vivendo os reflexos da economia durante esse longo período de pandemia. Tudo oscila muito rápido e as consequências de perda ou diminuição de renda percebemos no aumento do endividamento e da inadimplência. Apesar do número de famílias com contas em atraso estar praticamente estável, as que não terão condições de saldar as dívidas aumentou um pouco em relação a março”, explica.

O cartão de crédito é a principal fonte de dívidas na Capital, 56,8%, seguido dos carnês, que é o responsável pelas contas de 27,6% da população, depois, financiamento de casa, com 15% e financiamento de carro, 13,3%.