Após fazer a denúncia à Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) e acolher os 40 cães resgatados em condições de maus-tratos em uma fazenda na MS-040, a ONG Abrigo dos Bichos pede a participação da sociedade campo-grandense para tratar, alimentar e abrigar os animais.
De acordo com Larissa Bone Feifareck, também voluntária da ONG, os cães precisam de cuidados especiais e muitos deles vão passar por atendimento veterinário, pois estão debilitados. “Tem também algumas fêmeas que estão no cio e pelo menos três estão prenhas. Precisamos de doações de vermífugos, vitaminas, vacinas, rações, produtos de limpeza e dinheiro para custear gastos com consultas e medicamentos”, disse a protetora.
Atos que configuram maus-tratos são crimes, segundo a Lei 9.605, publicada originalmente em 12 de fevereiro de 1998, e fazem parte da Lei de Crimes Ambientais.
Lares temporários
A ONG providenciou lares temporários para todos os cães, já que, de acordo com a advogada Ana Paula Avelino, da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB, eles só poderão ir para adoção após a decisão judicial.
No ato do resgate, todos os animais foram vacinados contra a raiva e receberam chip de identificação. A ONG vai dar o suporte às pessoas que disponibilizaram a cuidar dos animais enquanto o caso segue sob investigação na Decat.