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Campo Grande, 26 de abril

Economia da Capital já perdeu R$ 90 milhões com novo Coronavírus

Pesquisa realizada pela Fecomércio mediu hábitos de consumo, prevenção contra a COVID-19, além dos impactos no PIB municipal e estadual

Por Marcus Moura/CBN
20/03/2020 • 17h02
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A economia da capital perdeu R$ 90 milhões, entre os dias 02 e 19 de março, devido a pandemia do novo Coronavírus. Com a rotina impactada, as pessoas estão com medo de sair de casa, o que derrubou drasticamente o movimento nas lojas do centro. Se o cenário atual continuar até o final do mês, as perdas estimadas para campo grande chegam a R$ 270 milhões e mais R$ 300 milhões em Mato Grosso do Sul, totalizando mais de meio bilhão em prejuízos. O levantamento foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio/MS, em parceria com o Sindivarejo e a Câmara dos Dirigentes Lojistas da Capital.

Os seguimentos do setor econômico Comércio mais atingidos pela pandemia foram: o comércio geral e eventos, com perdas de até 100% no volume de vendas. Depois aparecem restaurantes, bares, lanchonetes e serviços, como instalação de ar condicionado e outros, com perdas de até 90%. Os segmentos de beleza, como salões, e construção civil, registram prejuízos de até 80%, em comparação com o período antes da crise. Os segmentos moda, automotivo, floricultura e ótica acumulam perdas que variam entre 20% e 50%.

Comportamento

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Os idosos são a faixa etária que demonstram menos medo de infecção do novo Coronavírus em Campo Grande, ainda segundo pesquisa da Fecomércio. Nos primeiros quinze dia de março, a presença e a intenção de consumo deles em supermercados registrou o maior crescimento em comparação com as outras faixas etárias. Eles foram os que mais buscaram lojas físicas, mesmo sendo o grupo com o maior risco de desenvolver complicações da covid-19.

Não precisa estocar

O aumento da demanda por produtos vendidos em supermercados amenizará os efeitos da crise econômica causada pelo novo Coronavírus em Mato Grosso do Sul. O segmento corresponde a quase 50% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado. De acordo com a Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados, não há motivos para estocar alimentos, já que não faltarão produtos. Por isso, eles pedem que os consumidores só comprem o necessário. Estocar de forma exagerada pode ocasionar falta a outras pessoas. Os produtos, principalmente alimentícios, podem estragar se estocados por muito tempo. Além disso, o aumento da demanda pode provocar um aumento dos preços.

Medidas contra a COVID-19

A faixa etária de pessoas com idades entre 25 e 45 anos foi a que mais adotou medidas de prevenção contra o novo Coronavírus em Campo Grande. Eles lavaram mais as mãos, evitaram abraços e apertos de mãos, mudaram hábitos, entre outros. Na direção contrária, os idosos e os mais jovens são os menos preocupados em mudar hábitos para frear a disseminação da covid-19.

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